Uso de nãotecidos ajuda prevenir contaminações e infecções hospitalares

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), dos mais de 234 milhões de pacientes operados por ano no mundo, um milhão deles morrem em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões apresentam complicações no pós-operatório. Um dos grandes desafios de um ambiente hospitalar é manter as equipes e os equipamentos seguros e estéreis contra contaminantes e infecções.

Diante desse cenário o uso nãotecidos destinados ao mercado Médico Hospitalar (toucas, máscaras, jalecos, camisas, camisetas, calças, aventais, campos cirúrgicos, compressas, embalagens para esterilização, paramentação odonto-médico-hospitalar, curativos, protetor oftálmico e outros) se torna peça fundamental nesse processo.

Os kits de produtos cirúrgicos de nãotecido podem contribuir para minimizar as contaminações. Isso porque eles são descartáveis e, consequentemente, mais seguros e eficazes na prevenção de infecções.

Além disso, esses produtos foram submetidos à Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) por iniciativa da ABINT (Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos) e de seu Comitê Técnico Médico Hospitalar (CTH). Trata-se de uma análise dos impactos ambientais potenciais ao longo da vida de um produto ou serviço, desde a extração da matéria-prima até a destinação final.

Ao comparar kits cirúrgicos de tecidos de algodão (reutilizáveis), também usados nesse mercado, e de nãotecido de polipropileno (descartáveis), a segunda alternativa apresentou melhor desempenho ambiental, reduzindo, por exemplo, o consumo de água em, ao menos, 80%.

Apresentou também melhor desempenho em funções como barreira física a fluidos. Segundo a avaliação, os kits cirúrgicos de algodão perdem a barreira após serem usados seis vezes. E esses kits de algodão utilizam produtos químicos para sua desinfecção, os quais são descartados no meio ambiente após seu uso.

Segundo Michele Louise, coordenadora do CTH, esse tipo de trabalho é essencial para embasar as decisões relativas ao negócio. “A partir de dados científicos, é possível escolher o melhor produto em termos de eficiência ambiental, benefício social e vantagem econômica”, explica Michele.

E a executiva completa: “a divulgação das qualidades técnicas dos nãotecidos somadas às vantagens ambientais são argumentos para que esses produtos ganhem ainda mais espaço no mercado brasileiro”, completa a coordenadora.

Redação

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