Hospital Santa Teresa realiza Simpósio de prematuridade

O Novembro Roxo é conhecido como o mês internacional de sensibilização à prematuridade. O objetivo da campanha é conscientizar a população acerca das prevenções e consequências do parto antecipado. A prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade. No Brasil, cerca de 340 mil partos prematuros são realizados por ano, o que dá ao país a décima posição no ranking mundial.

Pensando nisso, o Hospital Santa Teresa, de Petrópolis (RJ), realizou um Simpósio de prematuridade para celebrar a data. O evento ocorreu no salão nobre e contou com a presença de profissionais que são referência em neonatologia. O intuito foi sensibilizar e capacitar os presentes para lidar com as consequências da prematuridade.

“O simpósio é importante porque dessa forma trazemos inovações para o nosso Hospital. Nós compartilhamos informações e experiências, sempre buscando oferecer mais segurança aos pacientes”, explica a supervisora da UTI Neonatal e pediátrica do Hospital Santa Teresa, Flávia Carvalho Santos.

Desde a abertura da UTI Neonatal e Pediátrica, em 2019, mais de 500 bebês já foram atendidos. “Nossa equipe é muito comprometida com o bem-estar dos bebês e familiares. Estamos sempre promovendo ações na tentativa de alertar sobre o tema e acolher os pais que ficam muito tempo na unidade, acompanhando os filhos. Também nos preocupamos muito com eles, pois sabemos como é difícil deixar um bebê internado e não poder levá-lo para a casa”, conta a supervisora.

Durante o simpósio, os presentes puderam conferir palestras sobre: Neuroproteção, Broncodisplasia em prematuros, medidas de conforto no alívio da dor, como o bebê deve ser tratado após receber alta da UTI, lesões de pele e oxigenoterapia. Além disso, ao final, algumas mães de UTI também foram convidadas para contar sobre suas experiências e angústias durante o tempo de internação dos seus filhos.

Para finalizar a semana de comemoração e conscientização sobre o tema, tendo como referência o slogan: “Lute como um prematuro”, os pequenos ganharam roupas de lutador para celebrar a data. O objetivo era atrair a atenção dos familiares e mostrar que, apesar do pouco tamanho, os bebês estão lutando para sair dali e conhecerem logo o seu novo lar.

Portas abertas para a inclusão

Capacitação gratuita e online, voltada exclusivamente para pessoas com deficiência. É assim que funciona o Programa de Educação da Rede Santa Catarina, da qual faz parte o Hospital Santa Teresa. O objetivo da iniciativa é atualizar e melhorar o currículo dos inscritos a fim de inseri-los no mercado de trabalho.

“Garantir a inclusão no mercado de trabalho ainda é um processo difícil para muitas empresas. Por isso, a intenção da Rede Santa Catarina é promover capacitação para que essas pessoas estejam alinhadas às exigências”, declarou o coordenador de Gestão de Pessoas do HST, Rodrigo França Pinto, explicando que atualmente a instituição conta com 42 colaboradores com deficiência (auditiva, cognitiva ou motora).

Segundo o coordenador, a contratação de pessoas com deficiência está prevista em lei, mas o trabalho vai muito além da exigência legal: “Queremos propiciar uma maior inclusão para eles. O programa de educação da Rede Santa Catarina é uma importante ferramenta para prepararmos possíveis candidatos”, avaliou.

A inclusão, no entanto, não para por aí. Para acolher os colaboradores com deficiência, o Hospital Santa Teresa investe na capacitação das equipes. “Criamos um curso de Libras semestral para auxiliar a comunicação dos colaboradores e para atendermos nossos pacientes com o mesmo perfil. A primeira turma recebeu os certificados em outubro e uma nova turma será iniciada em fevereiro”, contou o gerente Assistencial, Márcio Bastos.

“Tenho muita gratidão à Rede Santa Catarina por nos proporcionar esse aprendizado porque libras é essencial para a nossa comunicação ser mais integrada. Sempre amei libras e sempre tive o desejo de aprender mais. Quando vim trabalhar no Hospital Santa Teresa e me deparei com tantos surdos, senti que era ainda maior a necessidade de me comunicar melhor”, comentou a técnica de enfermagem Daiane Wepler.

Para o supervisor de Hotelaria, Daniel Marinho, o aprendizado que o convívio com estes colaboradores proporciona é muito gratificante: “Já trabalho com esta equipe há oito anos e tenho colaboradores com diversos perfis de deficiência. Adaptamos os serviços de acordo com as necessidades de cada um para que pudessem desempenhar suas atividades com qualidade e segurança. Hoje nem consigo enxergar as deficiências deles porque nos entendemos com facilidade”.

Outra frente de trabalho é realizada pela Comissão de Humanização. Composta por colaboradores de diferentes setores, a Comissão tem o objetivo de sensibilizar os profissionais para o cuidado seja para com os pacientes, seja com os colegas de trabalho. “Temos atuado junto aos setores para sensibilizar o olhar deles para com o próximo. Por meio de dinâmicas de grupo e treinamentos, estamos rompendo barreiras e aproximando as pessoas”, declarou o coordenador de Enfermagem, Carlos Carneiro, que é presidente da Comissão.

Redação

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