São Paulo vacina 2,3 milhões contra febre amarela

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, baseado nos dados informados pelos municípios paulistas, indica que 2.332.895 de pessoas receberam a vacina contra febre amarela nos dez primeiros dias da campanha de imunização.

De 25 de janeiro, data de início da campanha, até 3 de fevereiro, o primeiro “Dia D”, 2.248.672 de pessoas receberam a dose fracionada da vacina, o que corresponde a 96,4% do público imunizado. Outras 84.223 pessoas receberam a dose padrão, destinada a grupos específicos.

A meta é imunizar 9,2 milhões de pessoas ainda não vacinadas, residentes nas 54 cidades abrangidas na campanha, até o dia 17 de fevereiro, data prevista para o segundo “Dia D” e para o encerramento.

Todas as localidades nos 53 municípios e na cidade de São Paulo foram definidas por critérios epidemiológicos após análises técnicas e de campo feitas pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica/Divisão de Zoonoses) e Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) em locais de concentração de mata.

A campanha está sendo realizada com dose fracionada da vacina, conforme diretriz do Ministério da Saúde. O frasco convencionalmente utilizado na rede pública poderá ser subdividido em até cinco partes, sendo aplicado assim 0,1 mL da vacina. Estudos evidenciam que a vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos. Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período. As carteiras de vacinação terão um selo especial para informar que a dose aplicada foi a fracionada.

Cerca de 6,9 milhões de doses da vacina fracionada estão sendo disponibilizadas para as pessoas ainda não imunizadas que residem nos locais definidos pela campanha. A campanha também prevê a oferta de 2,3 milhões de doses padrão, que serão disponibilizadas para crianças com idade entre nove meses e dois anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina e grávidas residentes em áreas de risco.

Deverão consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e de doença falciforme.

Não há indicação de imunização para grávidas que morem em locais sem recomendação para vacina, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.

“Continuaremos mobilizados, no decorrer das próximas semanas, para imunizar todas as 9,2 milhões de pessoas previstas na campanha. É fundamental que as pessoas que moram em áreas de risco ou viajam para locais com recomendação da vacina procure o posto de saúde mais próximo e garanta sua imunização”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

Desde o início de 2016 a Secretaria intensificou as ações de enfrentamento da febre amarela no Estado, por meio de monitoramento dos corredores ecológicos, vigilância epidemiológica e vacinação. Somente em 2017 foram imunizadas no Estado 7 milhões de pessoas, o que representa praticamente o dobro do número de doses aplicadas nos dez anos anteriores. As áreas com indicação da vacina foram gradativamente ampliadas, a partir do monitoramento dos corredores ecológicos, abrangendo atualmente 575 dos 645 municípios paulistas.

Redação

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