Custo médico-hospitalar aumentou 89,4% nos últimos 5 anos, aponta pesquisa

Embora a inflação médica e a sustentabilidade do atual sistema de saúde suplementar sejam tópicos sempre presentes em eventos e reuniões entre as entidades do setor, os números continuam subindo. De 2013 para 2017, o aumento foi de 89,4%. O valor da cobertura médica hospitalar saltou de R$ 3.107,58 (per capita ano) para R$ 5.855,78. De 2016 para 2017, a variação foi de 13,3%.

Custo Médio Pesquisas anteriores Variação
2013 2016 2017 2017/2016
Consulta 59,64 77,15 82,27 6,6%
Exames 29,04 41,16 43,35 5,3%
Internação hospitalar 10.770,16 17.066,58 18.644,98 9,2%
Cobertura médico-hospitalar (per capita/ano) 3.107,58 5.167,12 5.855,78 13,3%

Das internações, o maior gasto é com materiais. Representa mais de 23% do todo. Seguido por medicamentos (17,2%), diárias (14,9%) e honorários (12,8%).

Indicadores Pesquisas anteriores Variação
2013 2016 2017 2017/2016
Consulta por beneficiário/ano 4,9 5,1 5,3 3,2%
Exames por beneficiário/ano 21,3 26,1 28,1 9,1%
Exames por consulta 4,4 5,1 5,4 6,3%

Transformando isso em números absolutos observamos que somente o segmento de autogestões movimenta recursos com as despesas assistenciais (sem custo administrativo) no montante aproximado de R$ 15 bilhões. O mercado de saúde suplementar como um todo compreende mais de R$ 130 bilhões por ano, valor esse superior ao sistema público (SUS).

“A necessidade de mudança é urgente. As autogestões, pelo seu perfil, já investem em saúde preventiva, mas há ainda uma necessidade maior de controle por parte das empresas e de conscientização do uso do plano por parte dos beneficiários. O valor gasto com internações evitáveis, desperdício e fraudes chega a 25%”, ressalta o vice-presidente da UNIDAS e responsável direto pela pesquisa, João Paulo dos Reis Neto.

Pesquisa UNIDAS

Desde 2000, a UNIDAS promove, anualmente, a realização de uma pesquisa entre entidades filiadas e não filiadas, com o objetivo de conhecer o perfil das instituições de autogestão em saúde. Esta publicação consagrou-se como um importante referencial para identificar as tendências do mercado e auxiliar a tomada de decisões, sendo utilizada por todos os componentes do segmento privado da saúde, inclusive pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A pesquisa traz dados desde inflação médica até ranking das causas mais comuns em internações. Este ano, ela contou com 44 filiadas participantes, contabilizando quase 4 milhões de beneficiários. Os dados foram coletados em 2016 e primeiro semestre de 2017.

Redação

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