A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) reuniu em 13 de setembro, na capital paulista, líderes empresariais, gestores, médicos e representantes de entidades de classe da sociedade civil, para discutir o tema da osteoporose e seus impactos crescentes para a população brasileira.
No encontro foram apresentados temas ligados a saúde pública. De acordo com dados do Banco Mundial 13 a 20% da população da América Latina tem mais de 50 anos de idade e até 2050, estima-se que esta proporção aumente de 28 a 40%. O estudo The Burden of Osteoporosis aponta que o custo anual da osteoporose no Brasil é de R$ 1,2 bilhão.
A coalizão sobre a osteoporose no Brasil tem o foco de contribuir para a formulação tanto de políticas como linhas de cuidado baseadas em evidencias cientificas, para melhorar o diagnóstico e o tratamento da osteoporose no país. Os participantes ressaltaram ainda a importância de desenvolver programas nacionais de conscientização, incluindo a realização de campanhas e medidas preventivas de estilo de vida.
“A qualidade de vida do idoso é de interesse público, pois a expectativa de vida no nosso país aumentou. As pessoas estão vivendo mais, porém precisam viver com melhores condições de saúde e bem-estar. Começamos a construir uma rede para influenciar de maneira positiva a questão da promoção da saúde no país”, declarou Sâmia Simurro, vice-presidente da ABQV.
Outros benefícios pontuados pelos especialistas em se realizar os programas de prevenção estão relacionados à redução das dores crônicas, deformidades, incapacidade e risco de morte. O FLS – Fracture Liaison Service, protocolo internacional que trabalha a prevenção da segunda fratura, também foi ressaltado na reunião, por desempenhar um papel importante para a recuperação dos pacientes.
“Homens e mulheres sofrem a perda de massa óssea com o passar dos anos. Principalmente as mulheres com as mudanças hormonais da menopausa. A osteoporose leva a fragilidade óssea e a um risco de aumento de fraturas. Tanto a prevenção primária como secundária é fundamental para a eficácia do tratamento, só assim conseguiremos reduzir este índice e ajudar as pessoas a terem melhor qualidade de vida. Mundialmente, milhões de pacientes com fraturas estão à mercê de graves riscos de sofrer novas fraturas. O FLS espera estreitar essa lacuna e tornar a prevenção secundária de fraturas uma realidade” destacou o ortopedista Dr. Luiz Fernando Tikle Vieira.
“Além de comprometer a capacidade produtiva e autonomia, a osteoporose traz impactos para o sistema de saúde, que inclui custos hospitalares, com medicamentos e reabilitação do paciente, além de maior mortalidade. Temos condições de mudar este quadro que interfere na produtividade e na vida da população brasileira”, pontou o Dr. Sérgio Setsuo Maeda, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (SBEM-SP).
O encontro contou com o apoio da Amgen e participação dos representantes da ABRASSO – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo; ABOOM – Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo; SBR – Sociedade Brasileira de Reumatologia; FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo; SESC-SP e Osteoporose Brasil.