Artigo – Conheça cinco tendências emergentes em tecnologia da saúde

Conforme nos adaptamos às mudanças que continuam a remodelar a maneira como todos trabalhamos, vivemos e administramos nossa saúde e cuidados, o setor de healthtech está se expandindo em um caminho de crescimento exponencial.

O setor de saúde viu, e continuará a ver, mudanças sem precedentes nos próximos meses e anos. Como resultado, o healthtech se torna um subsetor crescente e claramente definido da indústria de tecnologia em geral. Listamos aqui algumas das principais tendências emergentes, motivadores e multiplicadores que estão moldando o futuro das tecnologias de saúde em todo o mundo:

  1. Uma nova abordagem de gerenciamento de serviços para a tecnologia da saúde

À medida que a tecnologia da saúde continua no caminho da expansão, a racionalização de aplicações e a consolidação da infraestrutura são duas maneiras de ajudar a reduzir os gastos com licenciamento, contratos, treinamento de pessoal e suporte neste subsetor. As organizações precisam padronizar aplicações clínicas e não clínicas para evitar a gestão de múltiplas imagens, sistemas de gerenciamento de tributos, plataformas de registros eletrônicos de saúde (EHR) e outros produtos de missão crítica.

Além disso, essa consolidação permitirá que as organizações de saúde aloquem melhor as tarefas da equipe de TI, permitindo mais foco no trabalho estratégico de valor agregado. Um aumento nos serviços de TI provavelmente resultará em uma redefinição da função das equipes. Essas equipes de TI se concentrarão mais no gerenciamento de serviços do que no modelo tradicional de “construir e operar”. Como uma tendência emergente combinada e significativa, estamos experimentando um processo de padronização, consolidação e racionalização à medida que a tecnologia da saúde assume a nova e abordagem de gerenciamento de serviços, tudo o que deve ser feito com limites definidos para manter a conformidade dos dados do paciente.

2. Trabalhadores operacionais experientes

Os analistas de negócios gostam de tentar estabelecer demarcações para separar os chamados “trabalhadores estratégicos” de “trabalhadores operacionais”. Embora o conjunto de tarefas regularmente prescrito pelos trabalhadores operacionais permaneça mais tático, algumas funções agora estão sendo assumidas por funções de Inteligência Artificial (IA). Como resultado, um quadro central de trabalhadores com tarefas mais inteligentes surgirá, particularmente nos setores de saúde e tecnologia da saúde.

A prevalência de lockdowns e do trabalho remoto significa criar um pico potencialmente massivo de trabalhadores não clínicos em organizações de saúde (incluindo equipes de backoffice, administradores e gerentes de contas) mudando para o modelo home office a médio e longo prazo. Poderíamos chamar esses novos trabalhadores operacionais, “trabalhadores operacionais experientes”. E seus dados de fluxo de trabalho precisarão ser integrados a todas as novas tecnologias de nível de plataforma que estão sendo arquitetadas e implementadas.

3. Uma nova força vital de healthtech a partir de dados

O setor de saúde é um mundo de dados de pacientes, de consumidores e de dados financeiros que são fundamentais. Todos esses desenvolvimentos que emergem rapidamente resultarão inevitavelmente em um grande aumento no volume de dados. Aplicações clínicas (incluindo o EHR e sistemas de imagem clínica) e aplicações não clínicas (como sistemas administrativos e de negócios) potencializam e produzem quantidades incríveis de dados. Além do grande volume de informações, os dados em si são incrivelmente grandes, especialmente quando se trata de imagens e vídeos médicos com qualidade de diagnóstico.

4. Compartilhamento de dados para um futuro mais saudável

Os “marketplaces” de dados permitem a troca de informações de pacientes (muitas vezes anônimos) e registros clínicos para pesquisas e estudos médicos. Na verdade, a natureza fragmentada dos dados de saúde abriu caminho para que os agregadores de dados coletem e vendam essas informações de forma anônima, enquanto novos consumidores de aplicações permitem que os pacientes “optem” por negociar, compartilhar ou doar seus dados de forma segura e confidencial.

Em 2021 o cloud computing ganhará espaço nas empresas farmacêuticas para aprimorar a colaboração entre companhias concorrentes que compartilham conhecimento e informações para agilizar a descoberta de medicamentos.

5. Colocando em prática o Zero Trust

O futuro da healthtech é positivo, mas assim como na sala de operações ou em qualquer outro ambiente clinicamente seguro, será preciso garantir condições perfeitas quando se trata de proteção de dados e identificação e prevenção de malware, ransomware ou outras formas de atividade cibernética maliciosa. Sendo assim, estabelecer um modelo de Zero Trust deve se tornar a base da tecnologia da saúde.

A abordagem Zero Trust permite que as organizações, os parceiros e as plataformas de tecnologia da saúde adotem um mecanismo de “verificar e aprovar” para garantir que as violações de dados e ataques cibernéticos possam ser evitados. À medida que usuários, dispositivos, aplicações e dados saem do perímetro da própria organização, é vital substituir a lacuna criada por uma abordagem sofisticada e persistente de nível empresarial para proteção de dados.

Afinal, estamos lidando com pessoas. E, assim como cada pessoa é um conjunto especial e exclusivamente identificado de características e componentes combinados – cada acesso e mecanismo de compartilhamento de dados para tecnologia de saúde deve ser executado de forma cuidadosa, individual e robusta para um amanhã mais avançado e saudável.

 

 

Leonel Oliveira é diretor geral da Nutanix Brasil

Redação

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