Artigo – O desafio da boa gestão de facilities em saúde no Brasil

Se formos direto ao ponto, vamos encontrar alguns conflitos muito interessantes a resolver, de um lado, as instituições de saúde cada vez mais se profissionalizam, mas seguem administrando seus fornecedores da cadeia de facilities na linha de despesa, de outro lado os prestadores de serviços, cada vez mais, investem em inovações e processos tentando mostrar aos seus clientes, que eles estão cada vez mais próximos do seu Core Business, entregando a estas instituições a disponibilidade e a qualidade que estas precisam para o seu bom funcionamento.

Quando entramos nas competências que os gestores de facilities administram, especialmente na área de saúde, muitas vezes não percebemos o tamanho da criticidade de suas atividades. Sabemos bem o problema que ocasionado por um volume excessivo de faltas na limpeza, ou o risco de um gerador não entrar em funcionamento no momento certo e até a falta de refrigeração em algumas áreas.

Quando se administram competências como estas é que se percebe o tamanho da importância da gestão de facilities e o quanto ela está diretamente ligada ao desempenho adequado do negócio, sendo parte direta do resultado.

Em uma das definições clássicas sobre facilities se estabelece uma ligação direta entre uma boa gestão e a disponibilidade entregue a cadeia de valor daquele determinado espaço. Pois bem, quando falamos em disponibilidade, nos referimos a receita e se seguirmos por esta lógica, saímos da linha de despesa, e este é o ponto central de uma boa gestão de facilities na área de saúde, entregar disponibilidade dentro da qualidade acordada, para que a instituição possa rentabilizar e satisfazer ao máximo seus stakeholders – clientes internos, externos e acionistas.

Nos momentos em que os hospitais têm forte demanda, a disponibilidade é crítica, porque leito parado significa baixa no faturamento e, a cada dia, as empresas buscam novos equipamentos, tecnologias e, especialmente, processos que melhorem os tempos de suas atividades, hajam de forma preventiva e preditiva e atendam aos níveis de serviços compatíveis com as necessidades dos clientes.

Neste sentido entendemos que a boa gestão é aquela que consegue entender a exata medida dos serviços que a instituição necessita, mas principalmente consegue controlar seus fornecedores e prestadores baseados em SLA´s (service level agreement) fundamentados em indicadores claros e objetivos, complementados por pesquisas de satisfação de seus clientes internos e externos que trazem a visão de seus usuários finais.

A união de indicadores objetivos com a percepção dos usuários entrega aos gestores uma visão clara e completa do que esta acontecendo na instituição. O conhecimento profundo das necessidades reais de cada instituição fecham o círculo desta proposta de valor, que se bem construída, agregará muito, não só na racionalização de custos, mas principalmente na geração de recitas para cada instituição.

 

 

Renato Pascowitch é diretor comercial do Grupo Apoio Ecolimp

Redação

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