Como a atenção primária pode reduzir o número de hiper utilizadores

A BenCorp, consultoria que oferece gestão integrada de benefícios corporativos e saúde ocupacional, aplica a atenção primária aos seus mais de 200 clientes, que pode ser entendida como um conjunto de ações desenvolvidas de modo a promover acolhimento, beneficiando a saúde das pessoas. Para tanto, compreende os usuários em toda sua complexidade, levando em conta fatores que podem interferir sobre sua saúde, sejam eles culturais, sociais, pessoais, econômicos e até aqueles relacionados às crenças, reduzindo a possibilidade de novas doenças e os custos com as operadoras.

“É com a ajuda da tecnologia que podemos identificar os riscos das populações e assistência a quem mais precisa e também manter a qualidade de vida de quem ainda não precisa utilizar o sistema de saúde suplementar”, explica César Ciongoli, CEO da BenCorp.
Ece Ozcelik, pesquisadora da Universidade de Harvard, produziu uma dissertação de PhD que trata do sistema de saúde brasileiro, especialmente da Atenção Primária à Saúde (APS) e do Programa Mais Médicos. Em 2019, quando ela visitou o Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde, eles notaram entre os achados da pesquisa o reconhecimento de que o cuidado primário no Brasil atingiu reduções significativas nas mortalidades materna e de crianças e melhorias importantes na saúde da polução, incluindo acesso ao cuidado em áreas mais pobres e remotas do país.

E nada disso pode ser alcançado sem o empenho de equipes multidisciplinares, compromissadas em orientar o cidadão, tornando-o, aos poucos, sujeito de sua própria saúde, assim como da saúde de sua família e da comunidade em que vive. Com isso em mente, é fundamental entender os fundamentos e as diretrizes da atenção básica para então traçar estratégias de otimização.

“Melhorar a saúde da população, baixar custos e proporcionar um ambiente saudável e produtivo para qualquer sociedade são desafios críticos que se apresentam ao gestor de saúde. Seja no ambiente corporativo ou nos sistemas de saúde públicos e privados, invariavelmente, uma pequena parcela de usuários responde por mais da metade dos gastos. Esta população é geralmente identificada como de hiper utilizadores”, comenta Ciongoli.

A sistematização de análise dos casos, do perfil de consultas, procedimentos, exames e, acima de tudo, a devida atenção a estes pacientes, aponta que existem diversas situações que poderiam ter sido evitadas com o engajamento da pessoa à atenção primária. A estratégia para gestão de saúde passa pelo controle e coordenação adequada do cuidado da população alvo, de tal forma a fazer com que o usuário se sinta acolhido e assim, participe ativamente do seu cuidado.

“A implementação de programas de saúde e qualidade de vida, customizados para determinada população, associada ao controle de doenças crônicas, estratificação de riscos e consultas periódicas com médico de família, constituem os pilares para o sucesso da atenção primaria e redução dos custos associados aos hiper utilizadores”, esclarece o Dr. Fernando Oetterer Arruda, Gerente Medico da BenCorp.

Atualmente, os principais limitantes são justamente o tempo e o acesso aos serviços de qualidade. A tecnologia surge, portanto, como grande aliada. Sistemas integrados de mapeamento de risco, acompanhamento de internações, equipes multiprofissionais de reabilitação e aconselhamento por equipe médica especializada representam importantes ferramentas para possibilitar a continuidade do cuidado. Assim torna-se possível o engajamento do usuário à rede de atenção e o investimento se traduz em melhoria percebida na qualidade de vida.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.