“Contra as hepatites virais: diagnóstico preciso e vacina”, orientam especialistas

Causadas por diferentes tipos de vírus, as hepatites têm formas distintas de transmissão e manifestação. Os avanços da medicina mapearam até o momento cinco tipos de vírus que provocam as hepatites: A, B, C, D e E – que somados superam mais de 673 mil casos registrados no Brasil, entre os 1999 e 2019, de acordo com o Boletim Epidemiológico 2020 apresentado pelo Ministério da Saúde.

Segundo o relatório, destes, 168.036 (25%) são casos de hepatite A e 247.890 (36,8%) de hepatite B. Os casos de hepatite C somam 253.307 (37,6%) e e 4.156 (0,6%) de hepatite D. Ainda de acordo com o boletim, nos últimos dez anos, a região Nordeste foi a que concentrou mais casos de infecções do vírus A (30,1%). Na região Sudeste os principais casos registrados foram de hepatites B e C, com 34,5% e 59,3%, respectivamente. A hepatite D apresenta uma maior prevalência na região Norte, com 74% dos casos do país.

Preocupantes, os índices apontam para a importância de se prevenir contra a doença e na quarta-feira (28), Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, convidam a ficar atento a dois fatores fundamentais “diagnóstico precoce para avaliação da adoção do tratamento específico e redução da disseminação viral e as vacinas que protegem contra os vírus”, explica a médica infectologista do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Luciana Rodrigues Pires de Campos.

Disponíveis nas redes pública e privada de saúde, as vacinas contra as hepatites virais “são seguras e estimulam a produção de anticorpos capazes de proteger adultos e crianças contra os vírus”, destaca a especialista. Na rede privada, os imunizantes podem ser encontrados no portfólio do Grupo Sabin, onde há opções de proteção contra os vírus das hepatites A e B. A vacina contra a hepatite A para as crianças é produzida com o antígeno do vírus da hepatite assim como a dose feita para os adultos, “indicada para a imunização ativa contra a doença em indivíduos com risco de exposição a esse patógeno”, orienta a médica.

A especialista explica ainda que a vacina contra a hepatite B é composta pela proteína da superfície do vírus da hepatite B e não oferece qualquer possibilidade de causar a doença. No Sabin é possível encontrar também as vacinas contra Hepatite A/B, recomendada para crianças a partir dos 12 meses, adolescente e adultos. É uma boa opção para quem não tenha se vacinado para as duas hepatites. Para crianças maiores que 12 meses até menores de 16 anos, são aplicadas duas doses com intervalo de 6 meses; já para pessoas acima de 16 anos, são realizadas 3 doses (a segunda aplicada um mês após a primeira e a terceira, cinco meses após a segunda.

Diagnóstico rápido e preciso: o principal aliado da jornada do paciente

Dados publicados pelo Ministério da Saúde indicam que as hepatites virais causam aproximadamente 1,4 milhões de mortes no mundo todos os anos, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose. Ainda segundo o MS, a taxa de mortalidade da hepatite C chega a ser comparada ao HIV e tuberculose. “Por isso é tão importante o diagnóstico rápido e preciso do tipo de vírus. Diante da variedade de sintomas e formas de transmissão da doença, ele é essencial para a assertividade da decisão clínica e início do tratamento”, observa o médico patologista clínico e gestor do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Dr. Alex Galoro.

O especialista explica que há muitos casos em que as hepatites podem ser confundidas com outras doenças que apresentam sintomas clínicos semelhantes, sejam elas infecciosas ou não e por isso, é “fundamental ter exames específicos, que podem ser sorológicos e/ou de biologia molecular, para o diagnóstico correto do tipo de infecção”, observa.

Dentre os mais de 3.500 serviços de saúde do Grupo Sabin, estão também os testes que podem constatar a presença dos vírus causadores das hepatites. Desenvolvidos com tecnologia de ponta e excelência, os exames são entregues em tempo hábil para que, se detectada a presença de infecções, as medidas clínicas sejam imediatas. “Quando falamos de saúde, o tempo pode ser um fator determinante e a falta de um diagnóstico preciso, ou doenças não diagnosticadas rapidamente, podem comprometer significativamente o sucesso do tratamento. Casos de hepatites, por exemplos, podem avançar comprometendo fígado e causando uma série de agravantes, desde fibrose, cirrose, e até mesmo câncer e necessidade de transplante do órgão”.

Podendo provocar alterações leves, moderadas ou graves no órgão, as hepatites podem ser silenciosas, mas de uma forma geral “quando há sintomas, os mais comuns são: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, conclui Galoro.

Redação

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