Desafios da saúde suplementar durante e após a Covid-19

O alto potencial de disseminação do Coronavírus tem impactado os serviços de saúde ao redor do mundo e no Brasil não é diferente. Desde o começo, há alertas sobre um colapso do sistema de saúde público e sobre a importância do isolamento social para diminuir a disseminação da doença. No sistema privado, responsável pelo atendimento de 25% da população brasileira, os problemas enfrentados também dizem respeito ao adiamento de procedimentos eletivos, superlotação da UTI, além da sobrecarga com realizações de procedimentos pelos beneficiários dos planos de saúde pós-pandemia

De um lado tem o adiamento de procedimentos eletivos. Do outro, temos os prestadores de serviço de saúde alegando ociosidade, principalmente em localidades distantes dos epicentros da doença, contribuindo para a queda de seus atendimentos e, por consequência, de suas receitas. Para as operadoras de planos de saúde essa ociosidade pode parecer benéfica em um primeiro momento, mas significa a sobrecarga posterior à pandemia, pois beneficiários estarão com procedimentos e consultas ambulatoriais acumuladas. Além destes dois agentes, temos o próprio beneficiário, que tende a ser impactado em sua saúde por não conseguir utilizar o sistema privado por meio das consultas presenciais e físicas.

“Fato é que o sistema de saúde como um todo está sendo impactado e ninguém sabe ao certo qual será a proporção das consequências”, comenta André Machado Júnior, diretor da Qualirede, especialista de gestão em saúde que defende o isolamento social e acredita na telemedicina como grande auxiliar nesse momento. “A Telemedicina é algo que defendemos e investimos na Qualirede. Nossas clínicas de Atenção Primária à Saúde (APS) já contavam com a interconsulta, conexão entre médicos, acompanhados ou não de seus pacientes. Após a liberação do Ministério da Saúde, passamos a oferecer o serviço de telemedicina para consulta remota com médicos ou enfermeiros”, conta.

“A pandemia de Covid-19 é um momento delicado para todos os setores. Temos que seguir com foco prioritário na saúde da população e com alternativas que viabilizem a sustentabilidade do setor para minimizar os danos em todos os sentidos”, finaliza André Machado Júnior.

Em pesquisa realizada com usuários do serviço de Teleassistência da Qualirede, mais de 70% dos entrevistados demonstraram que usariam a modalidade no futuro. Desses, 79% disseram que o atendimento ajudou a aliviar os sintomas que estavam sentindo. Se não tivessem acesso ao serviço, 33% afirmaram que ficariam em casa, enquanto 25% procurariam um pronto-socorro, 15% fariam uma consulta presencial, 15% iriam a um hospital e 11% buscariam outra alternativa.

Redação

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