Dia do Fonoaudiólogo: conheça as múltiplas funcionalidades da profissão

Além de treinar e aperfeiçoar voz e dicção, o fonoaudiólogo tem como função estudar, tratar e prevenir os distúrbios da linguagem humana. No Dia do Fonoaudiólogo, lembrado em 9 de dezembro, o Hospital Paulista chama a atenção para a importância desta especialidade.

Segundo a fonoaudióloga Christiane Nicodemo, existem muitas formas de comunicação e a fonoaudiologia está inserida neste vasto campo da linguagem, com importantes funções. Entre elas, estão a de avaliar e detectar questões que afetem o desenvolvimento da linguagem.

“A fono pode perceber rapidamente alterações na aquisição de linguagem, quando existe algum estranhamento. Seja por um atraso de linguagem ou por uma alteração de fala, o fonoaudiólogo é o profissional capacitado para diagnosticar e tratar essas alterações”, afirma.

A especialista destaca ainda a importância do fonoaudiólogo no ato de ensinar as pessoas a ouvirem a fala do outro, bem como respeitar o seu silêncio, para uma compreensão melhor do que foi dito. “Algumas situações geram discussão por não darmos a devida atenção, não refletirmos sobre a fala do outro”, explica.

“Somos seres sociais e como tais, precisamos nos relacionar e interagir para gerar vínculos empáticos e harmoniosos. Em nosso país, por exemplo, temos as diferenças regionais, de modos, usos e costumes. Saber identificar essas diferenças minimizam e muito os impactos negativos que possam ocorrer nas relações pessoais e profissionais e a fonoaudiologia tem uma importante função nesse sentido”, reitera a fono.

Habilitação e reabilitação fonoaudiológica

A habilitação e reabilitação são procedimentos que visam aplicar métodos, técnicas e/ou abordagens que recuperem ou melhorem a comunicação do paciente de acordo com as suas limitações.

Conforme a especialista, é necessário sempre se atentar às diferenças entre uma e outra. “Para habilitar, precisamos instrumentalizar a criança, para que haja a percepção de várias formas do ato de comunicar. Avaliar a linguagem é o primeiro passo. Para tanto, precisamos realizar também avaliações da audição que estão diretamente relacionadas a este processo.”

Christiane destaca que, em casos de neonatos com diagnóstico de perda de audição, a habilitação deve ser iniciada o quanto antes.

Tabela de desenvolvimento de linguagem

A reabilitação, por sua vez, acontece quando o indivíduo que já apresentava tal função e por alguma razão sofra algum comprometimento. “O problema é comum em crianças que têm alguma dificuldade escolar ou que apresentam algum atraso no desenvolvimento de fala, por exemplo. É necessário que os pais fiquem atentos, pois, já no primeiro ano de vida, elas devem apresentar algumas vocalizações”, explica a fono.

Vale ressaltar que o diagnóstico precoce é um fator diferencial à habilitação, bem como o início do tratamento após a perda de uma função, seja por acidente ou doença.

O Hospital Paulista conta com um Centro de Diagnóstico e Reabilitação para os distúrbios da audição e linguagem. Nele, são realizados exames audiológicos, como BERA (Brainstem Evoked Response Audiometry); audiometria tonal; audiometria vocal; impedanciometria; audiometria em campo; ganho de inserção, usado para realizar ajustes precisos aos usuários de prótese auditiva; emissões otoacústicas e avaliação de linguagem, entre outros.

O poder da linguagem

Segundo Cristiane, a linguagem está inserida num amplo contexto de sinais – gráficos, linguísticos, sonoros, ambientais, verbais e não verbais -, que fazem dela abstrata, enquanto a fala é concreta. Porém, a relação entre elas é essencial.

“A linguagem transforma e é transformada por todos e a fonoaudiologia auxilia fazendo a ponte entre uma e outra (linguagem e fala), promovendo objetividade e clareza para expressar nossas ideias e torná-las compreensíveis.”

A especialista encerra reiterando a importância do fonoaudiólogo também às empresas, independente de hospitais ou consultórios.

“Nossa especialidade pode trabalhar junto ao RH, Marketing e outras especialidades, levando um olhar para além das funções orgânicas, estabelecendo uma ponte com as diferenças transgeracionais e culturais, adequando e personalizando a comunicação. Nunca vivemos em tempos com diversas gerações convivendo tão próximas”, finaliza.

Redação

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