Empresas de Campinas são referências na criação de soluções de Internet das Coisas para a saúde

O setor da saúde no Brasil vem acelerando investimentos na implantação de novas tecnologias, capazes de tornar mais eficiente a gestão de materiais, equipamentos, pessoas e recursos financeiros em hospitais. E neste novo cenário, a Internet das Coisas (IoT) é a principal revolução tecnológica em andamento no mundo todo, com o objetivo de conectar dispositivos e aparelhos eletrônicos do dia a dia à internet, de modo que elas possam interagir com outras “coisas”, como computadores, smartphones, sensores, entre outros equipamentos.

Dentro desta nova corrida das empresas multinacionais para desenvolver produtos, aplicativos e novos serviços, empresas instaladas na região de Campinas (SP) têm se destacado neste universo, como é o caso da Biocam Equipamento Médico Hospitalar, fundada em Campinas em 1999. Depois de anos importando produtos para atender o mercado interno, a empresa vislumbrou a oportunidade de desenvolver localmente novas tecnologias baseadas na Internet das Coisas (IoT), se posicionando em um novo patamar dentro do universo da saúde.

Através de uma parceria estratégica com a Genesis – desenvolvedora de software e soluções de Sistemas de Engenharia artificial em nuvem com foco na saúde – e Taggen – focada em soluções de IoT -, a Biocam desenvolveu o Criquet Beacon. Os materiais, equipamentos e pessoas são interligados por um dispositivo que emite sinais captados por antenas conectadas a uma central de controle, permitindo o monitoramento em tempo real de tudo dentro do hospital – colaboradores, pacientes, equipamentos e materiais médicos espalhados por vários ambientes.

“Os beacons são pequenos dispositivos IoT com tecnologia BLE (bluetooth low energy) que, entre outras funcionalidades, permitem compor soluções de detecção de objetos em ambientes internos a um custo acessível”, destaca Werter Padilha, CEO da Taggen.  Os dispositivos são colocados nos equipamentos médicos e enviam os sinais para leitores (gateways IoT) instalados nas dependências internas do estabelecimento.

Segundo Rogério Ulbrich, CEO da Biocam, o Criquet Beacon capta todos os dados que são integrados ao sistema Genesis de Engenharia Clínica para que sejam analisados pelo Watson, plataforma de inteligência cognitiva da IBM. “Praticamente montamos um centro de controle dos equipamentos e materiais médicos dentro da unidade hospitalar”, explica o empresário.

Esta nova tecnologia, já em uso pela Santa Casa de Valinhos (SP), permite aos médicos e gestores saber em tempo real qual o estoque de cada produto e onde se encontram cada equipamento – patrimônio – dentro da instituição hospitalar. Com isso, os hospitais ganham tempo com a localização dos aparelhos e ainda reduz desperdícios com produtos e recursos financeiros, uma meta cada vez mais necessária para uma gestão eficiente.

Redação

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