ESG: startup atua para reduzir desigualdades no acesso à saúde

Desde que o termo ESG – Environmental, Social and Governance – invadiu a rotina das pessoas, consumidores e empresas tentam se conectar mais com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Mas se o termo se popularizou por questões ligadas ao meio ambiente, os objetivos no geral vão muito mais além. Um deles – o ODS número 3 – é claro: tem como objetivo assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. E é aí que entram dois mercados em ascensão no Brasil: o das healthtechs e o da logística. De acordo com o IBGE, o Brasil é formado por 5.570 municípios, 10.631 distritos e 683 subdistritos. É o quinto maior país do mundo em extensão territorial, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Canadá e Rússia. Assim, fica inviável desconectar os dois segmentos.

A startup Suprevida atua em ambos. A redução da desigualdade geográfica se dá pela conexão entre fornecedores de serviços e pacientes através da internet suportada por algoritmos de geolocalização e gestão de entregas que permite que os mais variados produtos para saúde não disponíveis em drogarias cheguem à casa de quem precisa, onde quer que a pessoa esteja. “A ideia de criar a empresa veio de uma necessidade pessoal. Meu pai tinha acabado de retirar um câncer de intestino e não encontrávamos os materiais pós-cirúrgicos que ele precisava para se cuidar em casa”, revela Rodrigo Correia da Silva, fundador da marca, que conta que proporcionar acesso e saúde fora das instituições hospitalares se tornou seu maior propósito. Afinal, devido à extensão e características do Brasil, sair do hospital e continuar o tratamento em casa é um grande desafio, especialmente se o paciente residir longe dos grandes centros.

Hoje, a empresa trabalha com ações sociais, como o programa de créditos destinado a pessoas de baixa renda e conversão de cashback para organizações que precisam de ajuda, mas Rodrigo destaca que é no dia a dia mesmo que a Suprevida colabora com os ODS 3 e 10. “Ao possibilitar que as pessoas tenham acesso a informação de qualidade e itens que precisam para se cuidar em casa, ajudamos a melhorar o bem-estar de pacientes com necessidades especiais, evitando a deterioração de sua saúde e desafogando o sistema, o que permite um melhor atendimento a quem está internado, assim como o melhor uso de recursos para a estabilização da saúde, que é a maior meta de todos”, diz Rodrigo.

O aumento da expectativa e da qualidade de vida tem feito com que os gastos com saúde no Brasil subam a cada ano. De acordo com estudo realizado em parceria pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fiocruz e Ministério da Saúde, divulgado este ano, o valor do gasto público com saúde aumentou de R$ 231,5 bilhões para R$ 290,4 bilhões, entre 2015 e 2019, um crescimento de 25,5%, o que corresponde a 3,9% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços do país.

Já o ODS 10 trata de igualdade. A Suprevida impacta os dois objetivos ao ofertar informação, produtos e serviços para saúde pela internet em todo o Brasil, nivelando o acesso para empoderar as pessoas no autocuidado da sua saúde nos momentos que são desafiadores, mas não tão agudos a ponto de ser imprescindível uma visita a instituições físicas. O foco é estabilizar os avanços obtidos com os tratamentos e dar qualidade de vida para as pessoas em casa.

Além do portfólio com mais de 4.800 mil produtos na plataforma, a healthtech Suprevida oferece mais de 2,3 mil conteúdos sobre saúde, gratuitos, voltados a educar e tirar dúvidas de pacientes e seus cuidadores. Também disponibiliza atendimento telefônico gratuitamente com uma equipe de técnicos em enfermagem para o público tirar eventuais dúvidas relacionadas ao uso dos itens comercializados no site. “Perceber as necessidades das pessoas e agir para ajudar é uma decisão individual que, em alguns casos, pode se tornar uma iniciativa coletiva lucrativa. Se conseguirmos cada vez mais criar negócios cujo objeto social gere impacto positivo na sociedade, conseguiremos ter agentes de mudança sustentáveis e que atraiam investimentos acelerando o processo de construção de um futuro melhor. Não podemos depender apenas das instituições públicas ou de iniciativas filantrópicas para atingir resultados exponenciais em curto prazo”, finaliza o executivo.

Redação

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