Fake news na saúde: mais da metade dos brasileiros afirmam ser orientados por médicos no combate à desinformação

Mais de 52% dos brasileiros são orientados por seus médicos sobre os perigos das notícias falsas. É o que aponta pesquisa realizada pela plataforma de saúde Doctoralia, em conjunto com a ORIGIN Health Company, com mais de 5 mil indivíduos entrevistados, entre 18 e 75 anos.

Popularmente chamadas de fake news, as notícias falsas têm se tornado ainda mais comuns em tempos de pandemia. Inúmeras inverdades são criadas, espalhadas e difundidas, principalmente nas redes sociais. A maioria delas pode ser nociva, promovendo desinformação e até mesmo golpes transvestidos de informação.

Ao se depararem com tantas informações falsas sendo distribuídas, os médicos vêm assumindo o papel de alertar seus pacientes a terem cuidado com as notícias que chegam até eles. Para isso, quase 30% dos entrevistados afirmam pesquisar diariamente sobre os principais temas relacionados à saúde no país; 27% fazem isso semanalmente e 25% mensalmente.

E como forma de garantir a veracidade da informação, essas pessoas buscam, em sua maioria, por fontes seguras, como organizações de saúde (28%), plataformas voltadas para saúde (25%) e grandes meios de comunicação (20%).

“Ao avaliarmos a pesquisa, notamos a confiança do paciente em seus médicos e, exatamente por isso, acreditamos na influência direta desses profissionais na luta para frear a disseminação de fake news. Além de serem qualificados para produzir conteúdo científico e contribuir para a comunidade, os especialistas médicos também rebatem a desinformação e orientam os pacientes a consumir informações de fontes confiáveis”, pontua Cadu Lopes, CEO da Doctoralia.

Para Roberta Arinelli, médica, editora de Biotecnologia do MIT Technology Review e diretora da Origin Health Company, o tema ressalta a importância de discutir sobre as notícias falsas na saúde. “É preciso entender como a sociedade recebe e encara as fake news, no intuito de combatê-las onde temos maior peso na argumentação, ou seja, no consultório médico. São esses especialistas, qualificados em diversas áreas e constantemente ligados em estudos recentes, que têm o poder de levar a informação de confiança à população”, explica.

Quando questionados sobre o futuro da saúde e dos profissionais da área, a maior parte dos entrevistados (49%) afirmam enxergar a tecnologia como aliada no que se refere à experiência do paciente, seja com informações autênticas, agendamentos médicos ou até mesmo consultas remotas. No mais, 32% deles ainda acreditam que estudos e descobertas recentes também serão um grande norte para os especialistas da saúde do futuro.

“A saúde moderna diz respeito aos pacientes estarem no controle e, diariamente, a tecnologia prova ser a melhor forma de se fazer isso, como apontam os resultados da pesquisa. Obviamente, ela nunca substituirá a interação e o contato humano. Mas promove acesso à saúde ao ofertar conveniência para a população e para os médicos, que encontram na tecnologia e no uso da inteligência artificial novos aliados ao exercício da profissão”, completa o CEO da plataforma que está presente em 12 países.

Redação

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