Federação dos Hospitais de São Paulo aponta crescimento de empregos no setor de saúde

A FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo acaba de lançar o Boletim Econômico de número 9, que realizou um raios X do setor saúde em 2019, apurando crescimento do emprego no estado de São Paulo.

No acumulado do ano de 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, houve abertura de 90.125 novas vagas com carteira assinada nas atividades do setor de hospitais, clínicas e laboratórios no Brasil, totalizando o contingente de 2.319.231 trabalhadores. Entre as atividades, destaca-se a criação de 45.811 postos de trabalho na atividade “atendimento hospitalar” e também a geração de 17.289 vagas de trabalho na atividade “médica ambulatorial”, no período em questão, em relação a dezembro de 2018.

No estado de São Paulo, destacam-se as regiões de Sorocaba, com a criação de 3264 vagas no setor saúde, seguido de Ribeirão Preto, com 2.221 empregos e o ABC com 2.174 postos de trabalho. Veja tabelas.

Segundo o médico Yussif Ali Mere Jr, presidente da FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, a iniciativa privada da saúde tem investido muito na saúde brasileira, trazendo os mais inovadores tratamentos e respondendo por 65% dos investimentos em saúde no país.

No entanto, ele alerta que a proposta de unificar PIS e COFINS na Reforma Tributária, e criar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), pode aumentar significativamente a carga tributária para as empresas de saúde, que são extremamente dependentes de mão de obra. “A reforma tributária não pode desestimular a manutenção e até mesmo o incremento de postos de trabalho”, destaca.

Saúde em franca expansão

O setor privado da saúde brasileiro encerrou o ano de 2019 com pelo menos 80 fusões e aquisições envolvendo operadoras, hospitais, clínicas e laboratórios, sendo o maior volume de transações desde 2000. Segundo especialistas, este movimento deve continuar em 2020. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou 31 pedidos de aprovação de compra de controle em 2019, um aumento de 24% quando comparado a 2018.

O país está consolidado como o oitavo maior mercado de saúde do mundo, dispondo de 6.742 hospitais dos quais 64% são privados e mais de 2 milhões de profissionais de saúde, entre médicos, auxiliares, técnicos e enfermeiros.

Atualmente, o Brasil ocupa o nono lugar mundial em gastos com saúde, com 9,1% do PIB, ou US$ 1.109 per capita (mais de R$ 300 bilhões por ano, segundo o Sebrae). A quarta população médica do mundo, com 2,18 profissionais por mil habitantes é a brasileira.

Para Yussif Ali Mere Jr, no entanto, o país precisa melhorar o financiamento e a gestão da saúde pública.

Redação

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