O Hospital Erastinho, de Curitiba (PR), completa um ano nesta quarta-feira (1º) celebrando grandes resultados em prol da vida de crianças e adolescentes. A estrutura oncopediátrica do Complexo de Saúde Erasto Gaertner realizou em menos de 12 meses mais de 6 mil consultas e mais de 700 cirurgias. Levar o cuidado ao maior número de jovens possível é missão aliada à qualidade profissional e ao pioneirismo da equipe, com o emprego de equipamentos de ponta e o compromisso com a sustentabilidade.
“Não faltam motivos para celebrar. Cuidar de vidas, com um trabalho humanizado, afetuoso e altamente técnico e profissional, é nosso compromisso. Estamos muito orgulhosos por comemorar este primeiro aniversário com tantos feitos importantes para a população do Paraná e de todo o Sul do país”, destaca Adriano Lago, superintendente do Complexo.
De janeiro a julho deste ano, o Erastinho realizou 28 transplantes de medula óssea (TMOs), quantidade superior à soma dos procedimentos desse tipo executados nos três anos anteriores – 16 em 2020, seis em 2019 e quatro em 2018. Vale lembrar que, antes da inauguração da unidade, o atendimento a crianças e adolescentes com câncer ocorria em uma ala do Hospital Erasto Gaertner (HEG). Com esses números, o hospital infantojuvenil torna-se um dos maiores em transplante de medula óssea do Brasil e da Região Sul.
Outros indicadores apontam a força e a excelência nos atendimentos. No total, de outubro do ano passado a julho deste ano, já foram feitas 5.235 consultas ambulatoriais, 1.259 consultas no Pronto Atendimento e 736 cirurgias. No período, foram 266 novos casos registrados, que tiveram acesso a uma ampla variedade de serviços.
Um desses trabalhos foi um marco para todo o Complexo Erasto Gaertner. Em 7 de junho último, pela primeira vez na história, uma criança com menos de 10 anos foi submetida a uma cirurgia robótica na Região Sul. Bem-sucedido, o procedimento, com o uso do robô Da Vinci, também foi um dos primeiros em casos oncológicos pediátricos a empregar essa tecnologia no país. A técnica, executada no Erasto, com a equipe do Erastinho, consistiu na retirada do rim com tumor de um paciente de 4 anos que já tinha passado pela primeira etapa do tratamento, a quimioterapia. Com recuperação bastante satisfatória, ele pôde ter alta apenas 40 horas após a intervenção.
Sustentabilidade
Além de oferecer um tratamento qualificado e humanizado aos pequenos pacientes oncológicos, o Erastinho preocupa-se em ser sustentável em suas operações. A estrutura física da unidade conquistou o selo WELL Building Certification, credencial que atesta o menor impacto ambiental nos serviços e a possibilidade de otimizar recursos na operação do edifício, visando a práticas sustentáveis.
“A cada fase, do planejamento até a execução e a entrega, a obra do Erastinho primou em obedecer às diretrizes. Abraçamos o inovador conceito Green Hospital (Hospital Verde). Por isso, sobressaímos como a primeira instituição brasileira a alcançar, simultaneamente, as certificações LEED for Healthcare e WELL Building Certification. Uma honra poder contar com essa qualificação, o que nos posiciona como uma instituição diferenciada e consciente”, informou Adriano Lago, superintendente do Complexo Erasto Gaertner, ao qual pertence o Erastinho.
O WELL Building Standard é a padronização que une saúde humana e bem-estar no ambiente construído. Como a demanda por novos materiais de construção sustentável e saudável continua a crescer, os fabricantes vêm buscando suprir essa necessidade, preocupação que o Erastinho manteve, literalmente, desde a sua base, no início do projeto.
Instalações
O Erastinho é o primeiro hospital oncopediátrico do Sul do Brasil. Com quase 5 mil metros quadrados, a unidade abriga 43 leitos de internamento privativos e semiprivativos, recepção, lobby, atendimento ambulatorial, hospital-dia, centro cirúrgico e alas de internação (clínica, cirúrgica, TMO e UTI). Pouco mais de seis meses após sua inauguração, o hospital expandiu sua atuação, com o Pronto Atendimento Geral para conveniados (planos de saúde) e particulares, que passou a oferecer também especialidades médicas não oncológicas, como ortopedia, neurocirurgia, cirurgia pediátrica e pediatria geral .
As instalações são fruto de um projeto iniciado em 2015, que contou com o apoio massivo da sociedade civil e de parceria entre os diferentes Poderes, no aporte financeiro para a construção. O projeto completo, e finalizado, custou R$ 30 milhões. Deste valor, R$ 22 milhões foram investidos na construção do Hospital através um convênio firmado com o Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (SESA), que destinou, ao todo, cerca de R$ 11 milhões. O restante do valor necessário para a conclusão da obra foi captado pelo Hospital Erasto Gaertner junto à sociedade civil através de eventos, projetos e doações espontâneas.
A edificação propriamente foi concluída e entregue em tempo recorde: um ano e meio. A unidade tem capacidade anual para até 17 mil consultas, 500 cirurgias e mais de 85 mil procedimentos. Alas coloridas e com toques lúdicos ajudam a minimizar a doença e até um espaço recreativo como uma brinquedoteca humaniza ainda mais o tratamento.