Hospital Moinhos de Vento recebe Prêmio Nestlé Nutrition Institute

Representantes da Nestlé visitaram o Hospital Moinhos de Vento para fazer a entrega do prêmio às pesquisadoras, na presença do Superintendente Médico, Luiz Antonio Nasi. Foto: Diego Madia

O Serviço de Neonatologia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), ficou em 2º lugar no Prêmio Nestlé Nutrition Institute 2021. O trabalho “Imunoterapia oral prolongada em prematuros extremos – estudo quasi-experimental” se destacou na categoria pesquisa. O reconhecimento foi entregue nesta terça-feira (15) pelos representantes da empresa Nestlé, Lucas Lima e Lisandra Osório da Rosa.

O estudo de autoria das pesquisadoras Mariana Gonzalez de Oliveira, Desireé de Freitas Valle Volkmer e Marôla Flores da Cunha Scheeren aborda a colostroterapia, que consiste em administrar gotas do leite da própria mãe na mucosa oral de prematuros. A técnica é adotada na UTI Neonatal do Hospital Moinhos de Vento desde 2017 e as pesquisadoras avaliaram agora os efeitos da colostroterapia sobre as taxas de amamentação de prematuros na alta.

Para a pesquisadora de amamentação e intensivista neonatal da instituição, Mariana González de Oliveira, esse trabalho é importante porque mostra que uma ação simples, como a administração de gotas de leite materno na boca dos prematuros, pode trazer benefícios importantes, como aumentar o tempo que eles recebem o leite materno. “As mães de prematuros enfrentam muitos desafios para manter a amamentação durante a internação na UTI. Mas com uma equipe informada e capacitada para oferecer esse cuidado, isso é possível mesmo para os bebês mais vulneráveis. Esse prêmio é resultado do comprometimento multiprofissional de toda equipe da UTI Neonatal do Hospital Moinhos de Vento, reconhecida pela qualidade assistencial e agora também pela qualidade em pesquisa”, afirmou.

Segundo a chefe do Serviço de Neonatologia do Hospital Moinhos de Vento, Desireé de Freitas Valle Volkmer, o estudo constatou que, após a adoção da prática na unidade, aumentou o número de prematuros extremos (abaixo de 28 semanas) que recebiam leite materno (mesmo complementado) até a alta hospitalar. “Isso torna-se importante devido aos grandes benefícios associados ao leite materno, especialmente para essa população vulnerável. É uma prática que não exige uso de tecnologia, tem baixo custo e pode ser empregada em qualquer UTI Neonatal”, ressaltou.

Redação

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