O uso da pioglitazona por pacientes diabéticos possui sólida evidência na redução do risco de problemas cardíacos maiores, tais como infarto, AVC, insuficiência cardíaca, hospitalização e morte. Esse foi um dos achados da metanálise intitulada “Redução da glicose e o risco de eventos cardiovasculares com terapias antidiabéticas: uma revisão sistemática e metanálise de rede de efeitos aditivos” (Glucose-Lowering and the Risk of Cardiovascular Events With Antidiabetic Therapies: A Systematic Review and Additive-Effects Network Meta-Analysis) que acaba de ser publicada no periódico científico Frontiers in Cardiovascular Medicine.
O estudo, de autoria do Prof. Dr. Andrei C. Sposito, com um grupo de médicos brasileiros parceiros, foi desenvolvido no Laboratório de Biologia Vascular e Aterosclerose da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e recebeu apoio da Libbs Farmacêutica por meio do Programa de Incentivo à Pesquisa (PIP).
O apoio é uma estratégia da Libbs para patrocinar estudos que contem com a participação de pesquisadores brasileiros, fomentando a produção científica nacional e contribuindo para o seu desenvolvimento. “O nosso objetivo é fomentar a inovação, o entendimento de enfermidades e tratamentos na nossa população, explorar o conhecimento das necessidades médicas não atendidas no Brasil, e contribuir para o engajamento da ciência brasileira”, afirma Vivienne Castilho, gerente de Ciências Médicas da Libbs Farmacêutica. Atualmente, o PIP conta com 16 estudos em desenvolvimento.
Pioglitazona X empagliflozina X liraglutida
Os resultados da metanálise demonstraram que a pioglitazona é tão eficaz em reduzir o risco de problemas cardíacos maiores quando utilizada isoladamente quanto fármacos como a empagliflozina (inibidores do co-transportador sódio-glicose-2, SGLT2) e liraglutida (agonista de receptor de GLP-1). Este efeito benéfico também foi observado na associação da pioglitazona com os agonistas de receptor de GLP-1, classes de medicamentos diferentes com mecanismos de ação distintos.
O estudo conclui que a manutenção dos níveis de fração relevante da hemoglobina glicada (HbA1c) do paciente com diabetes tipo 2 entre 6,5-7,0% com a utilização da pioglitazona e dos demais fármacos citados isoladamente, ou em combinação, está associada a diminuição do risco de desenvolvimento de problemas cardíacos maiores à luz das evidências que temos até o momento.
Tais evidências contribuem com a prática clínica atual, que visa uma maior atenção ao risco cardíaco do paciente diabético, tal como constam nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Já o paciente diabético também terá ganhos com os resultados desse estudo, pois pode esperar uma escolha mais assertiva em seu tratamento, que resulta em menores chances do desenvolvimento de uma condição cardíaca debilitante.
Desenvolvida de forma robusta, analisando mais de 120 estudos e um total aproximado de 270 mil indivíduos, a metanálise conta com acesso gratuito para todos os médicos ao redor do mundo. O acesso é garantido pela editora do periódico Frontiers, terceiro do mundo em número de citações por artigo.
Para ler o estudo na íntegra, basta clicar aqui.
Libbs promove lives sobre a metanálise de Stanglit
Confira as próximas datas:
- Metanálise Stanglit (Diabetes – supertrunfo) – 29 de junho – 20h às 21h30
Tema central – Diabetes e doenças CV: a evolução no tempo
– Overview do DM2 na atualidade – Dr. Jairo Lins Borges
– Pioglitazona além do controle glicêmico – Dr. Alexander Benchimol
– Benefícios cardiovasculares no tratamento farmacológico do DM2 – Dr. Andrei Sposito
– Uma visão das evidências atuais em doenças CV e DM2 – Prof. Steve Nissen
Para acessar a live clique aqui: www.tratedavida.com.br/live-stanglit
- Lives multidisciplinares com GOB (diabetes + SOP) e Dermato (Pele do paciente diabético)
Live Dermato + Diabetes: 27de julho
Xerose cutânea e diabetes: a pele também é alvo de complicações hiperglicêmicas – Dra. Paula Silva e Dr. Cristiano Barcellos
Live GOB + Diabetes: 1 de setembro
Relação RI e SOP – Troca de experiências entre especialidades sobre a paciente diabética e com SOP e a ação da RI – Dr. Rogerio Bocardo e Dr. Andrei Sposito
Para obter o links de participação nas lives e saber mais sobre os eventos, clique aqui.