Outubro Rosa: câncer de mama na atualidade

Criado em 1990, o movimento Outubro Rosa é marcado por ações relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que, segundo o Instituto Nacional de Câncer no Brasil, é um dos mais incidentes em mulheres em todas as regiões, com taxas mais altas no Sul e Sudeste. Para este ano foram estimados 66.280 novos casos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres.

Apesar de ser necessário falar sobre o tema em todos os meses do ano, outubro traz o reforço de atenção redobrada à doença e que alguns cuidados fazem toda a diferença na luta. Segundo a Dra. Silvia Mastrogiuseppe Lellis, ginecologista, mastologista e membro da Doctoralia, após o câncer de pele, o de mama é o mais comum entre as mulheres. “A maioria dos casos são diagnosticados após 50 anos de idade. Nos casos de diagnóstico precoce, a chance de cura chega a 95%”, afirma.

A especialista ressalta que somente de 5 a 10% dos casos têm causas hereditárias, os demais são ocasionais e, por curiosidade, o câncer de mama masculino corresponde apenas a 1%. A mastologista explica que o auto exame é importante para conseguir observar mudanças, ainda mais no Brasil, onde a mamografia ainda não é de fácil acesso. “Durante o autoexame você pode observar se existem manchas, retrações, mudança do contorno, nódulos, secreções, entre outras modificações”, completa.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, é recomendado que toda mulher acima de 40 anos realize a mamografia anualmente. Apesar de menos frequente em homens, eles também precisam se prevenir, assim como pessoas que já têm casos na família.

“Hoje em dia, exames como a mamografia utilizam tecnologias cada vez mais avançadas e trazem diagnósticos mais rápidos e eficazes, possibilitando que pacientes possam iniciar o tratamento logo no início da doença, aumentando significativamente as chances de cura. O avanço tecnológico na medicina é capaz de promover mais qualidade de vida para a população”, informa André Brandão, CEO da Medictalks, plataforma digital de acesso gratuito com conteúdos feitos por médicos, para médicos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é também a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto no Norte. Somente em 2020, a taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres.

“Alguns fatores de risco podem ser modificados para diminuir as chances do câncer de mama, como: boa alimentação, peso adequado (principalmente após a menopausa), evitar cigarro e bebidas alcoólicas e praticar alguma atividade física”, afirma Lellis.

Neste cenário, profissionais da saúde têm a missão de orientar e auxiliar pacientes da melhor forma e estar sempre em busca de informações qualificadas e atualizadas sobre causas, tratamentos, entre outras descobertas que envolvam a doença.

De acordo com o estudo Challenges and Opportunities Facing Medical Education, do médico Peter Densen, o tempo necessário para todo o conhecimento médico dobrar em 1950 foi de 50 anos, e em 2020 a projeção era de 0,2 anos, ou seja, apenas 73 dias. Assim, é necessário que profissionais mantenham seus conhecimentos atualizados constantemente. “Hoje, com o avanço tecnológico, é possível que façam isso por meio da internet, quando quiserem e de onde estiverem, participando de debates e webinars, ganhando tempo e produtividade. Porém, reforço a importância da busca por canais seguros e que tragam conhecimento científico confiável e relevante. Quanto mais atualizados e bem informados os profissionais, melhor será o atendimento à população”, finaliza o CEO da Medictalks.

Redação

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