Paciente curado de Covid que recebeu suporte de circulação extracorpóreo tem alta na Santa Casa de Porto Alegre

Da esquerda para a direita: pneumologista Marcelo Bona, paciente Alexandre Ricciardi, e os cirurgiões torácicos Spencer Camargo e Fabíola Perin. Foto: Carol Fornasier

Após 36 dias internado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS), o médico Alexandre Ricciardi, de 47 anos, teve alta na manhã desta segunda-feira (10). O paciente apresentou complicações relacionadas à Covid-19, desenvolvendo um quadro pulmonar grave que causou falência respiratória, ou seja, o pulmão não conseguia mais realizar a troca de oxigênio necessária para a manutenção das funções vitais, o que acabaria o levando à morte em pouco tempo. “Diante desta situação, substituímos a função pulmonar do paciente por um sistema de oxigenação extracorpórea – o ECMO – até que o pulmão estivesse recuperado”, explica o cirurgião torácico Spencer Camargo.

O ECMO, sigla em inglês para oxigenação por membrana corporal, usa uma bomba para fazer circular o sangue por meio de um pulmão artificial fora do corpo, regressando depois à corrente sanguínea. Foram necessários sete dias conectado ao sistema de circulação extracorpóreo para que o organismo de Alexandre voltasse a responder, e assim, pudesse ser desconectado do ECMO.

“Essa é uma terapia disponível somente em hospitais de alta complexidade, indicado para os pacientes graves, quando estes já não responderam às demais medidas adotadas. O ECMO é uma terapia de alto custo que requer uma equipe multidisciplinar para seu manejo.

O Pavilhão Pereira Filho é um hospital de alta complexidade dedicado exclusivamente ao tratamento de pacientes pneumopatas graves, tendo sido pioneiro nos Transplantes Pulmonares na América Latina. Isso levou ao desenvolvimento de uma equipe treinada de cirurgiões, pneumologistas, intensivistas e perfusionistas que permite a execução destas medidas extremas com excelentes resultados, finaliza Spencer.

Redação

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