PET realiza primeiro transplante cardíaco em bebê de um ano no Rio de Janeiro

O Programa Estadual de Transplantes (PET), da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, realizou o primeiro transplante cardíaco em um paciente com 1 ano e 11 meses no estado. O procedimento aconteceu em 18 de maio, coordenado pela equipe do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, e é o primeiro desse tipo no Rio de Janeiro. Com isso, o PET bate ainda outro recorde, nos cinco primeiros meses deste ano já foram oito transplantes cardíacos, número maior do que no mesmo período do ano passado, quando foram feitos seis.

“Em 2017 fizemos 12 procedimentos de coração e esse ano queremos superar esse número. O Programa Estadual de Transplantes vem batendo todos os recordes e estamos crescendo na realização de transplantes de rins, córneas e fígado. Mas para isso, é importante que as famílias conversem sobre a importância da doação de órgãos”, disse o Secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama.

A criança que recebeu o novo coração é um menino, morador do município do Rio de Janeiro, que sofria de uma doença chamada miocardiopatia dilatada idiopática. Ele estava em tratamento no INC desde os 10 meses de idade e recebeu o coração de outra criança que teve morte encefálica após um acidente.

“Esse bebê já estava sendo acompanhado pelo INC desde o ano passado e estava na fila pelo coração há 31 dias. Conseguimos realizar o transplante em muito pouco tempo e isso só foi possível porque outra família disse sim à doação. Mesmo uma criança com menos de um mês de vida pode vir a ser uma doadora. Bebês nessa idade também podem precisar de um transplante. Só através da conscientização podemos salvar a vida de muitas outras crianças”, explicou Alexandre Cauduro, coordenador de transplantes infantis do Instituto Nacional de Cardiologia.

Em 2017, o PET realizou 1.607 transplantes de órgãos e córneas, índice que supera em cerca de 43% os procedimentos do mesmo tipo em 2016, quando foram registrados 1.129 transplantes. Este não foi o único recorde batido em 2017: os números de transplantes de fígado, córnea e medula óssea são os maiores desde 2010. A quantidade de doadores efetivos também superou o ano passado, em 2017 foram 247 transplantes contra 226 em 2016.

“Nossa corrida para salvar vidas ganha um novo capítulo com a realização dessa cirurgia. É muito importante que as pessoas tenham a consciência da doação de órgãos mesmo em crianças.  A equipe do programa de transplantes tem uma grande parceria com o INC na realização desses procedimentos e o nosso objetivo é aumentar ainda mais esses essas cirurgias”, explicou Gabriel Teixeira, coordenador do Programa Estadual de Transplantes.

Redação

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