Queda de infecções por Coronavírus alivia pressão no sistema de saúde de Campinas

O declínio da Covid-19 nos municípios da Região Metropolitana de Campinas (SP), novamente apontado em análise do Observatório PUC-Campinas, tem permitido aos hospitais regionais, até então pressionados pela elevada ocupação de leitos intensivos, reaver atendimentos reprimidos de outras patologias. É o que diz o infectologista do Hospital PUC-Campinas André Giglio Bueno, reforçando a queda de 33,3% nos casos de Coronavírus na 37ª Semana Epidemiológica. (VEJA NOTA COMPLETA)

“Os números seguem apontando uma desaceleração bastante consistente da pandemia, ou seja, ajudam a diminuir a pressão sobre o sistema de saúde, possibilitando que os hospitais voltassem a atender pacientes com outras doenças, retomando inclusive procedimentos eletivos. Contudo, essa situação só será mantida com a colaboração de todos. Cada indivíduo precisa controlar os riscos para atividades que envolvam contatos com outras pessoas. A pandemia não acabou”, diz o professor de Medicina da PUC-Campinas.

Mesmo com a flexibilização de inúmeras atividades, como academias e shoppings, garantida aos municípios classificados na fase amarela do Plano São Paulo, os números têm exibido tendência de desaceleração da Covid-19 em todo o Estado nas últimas semanas. O Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas), a exemplo da RMC, apresentou queda de 34% nos casos da doença após contabilizar 3,8 mil contaminações. Campinas, com 818 ocorrências no período de 6 a 12/09 (37ª Semana Epidemiológica), teve redução de 46%. A variação de mortes também é negativa.

Do ponto de vista econômico, apesar de permitido o funcionamento de estabelecimentos nesse momento de decaída nos casos de coronavírus, fatores como o desemprego, o empobrecimento da população, o teto de gastos do governo e o movimento inflacionário que se instaura colocam em xeque a caminhada para a recuperação econômica.

“De forma pragmática, a sustentabilidade da retomada vai depender da capacidade de consumo das famílias, da política de gastos públicos e da recuperação da economia internacional. No mais, deverá haver também políticas de mitigação do aumento dos custos de insumo, freando possível impacto ao bolso do consumidor final, de modo a estimular a retomada da demanda interna”, avalia o economista Paulo Oliveira, que coordena as notas relativas à Covid-19 pelo Observatório PUC-Campinas.

As estatísticas atualizadas do Coronavírus em todo o Estado, incluindo cidades da RMC, podem ser obtidas no site observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19.

Redação

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