Sociedades médicas cobram autoridades por falta de medicamento para leucemia no Brasil

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), e a Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea (SBTMO), vêm por meio desta nota conjunta tornar pública sua consternação em relação ao desabastecimento do medicamento Mesilato de Imatinibe, indicado para pacientes de Leucemia Mieloide Crônica (LMC).

O fármaco está em falta em todo o território nacional. Para se ter uma ideia, o Instituto Nacional do Câncer estima que este ano sejam diagnosticados quase 12 mil casos novos de leucemia, sendo 15% deles de LMC.

Vale lembrar que, em novembro de 2021, foi sancionado pela Presidência da República o Estatuto do Câncer em que ficou definido, entre outros pontos, que o paciente com câncer tem direito ao acesso universal ao tratamento recomendado e adequado desde a rede primária até alta complexidade, incluindo assistência de fármacos indicados.

A distribuição do fármaco em questão, assim como outros, é centralizada pelo Ministério da Saúde, que repassa às Secretarias de Saúde dos estados para, então, serem entregue aos hospitais.

Com base nesta expectativa, vimos por meio desta solicitar publicamente às autoridades regulatórias a máxima urgência e atenção ao cenário para que centenas de pacientes não tenham seus tratamentos impactados pelo trâmite logístico e burocrático. O tema, foi inclusive, repercutido em uma matéria no Jornal Nacional da TV Globo no dia 8 de janeiro: “Pacientes que dependem de medicamentos do Ministério da Saúde estão recorrendo a doações”

Tanto ABHH quanto SBTMO têm conhecimento de que esta não é a primeira vez que ocorre a falta deste fármaco, o que torna urgente encontrar soluções para que esta situação não mais se repita.

Redação

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