Startup permite ensinar medicina na quarentena

Prejudicadas com o isolamento por conta do Coronavírus, as instituições de Ensino Superior precisaram criar ações para não perder o plano de aulas, respeitando o período de quarentena. Para auxiliar essas faculdades e universidades nas aulas de anatomia, principalmente, a MedRoom, edtech que aplica a imersão da tecnologia de Realidade Virtual (VR, do inglês virtual reality) junto a estratégias de gamificação para educação em saúde, possibilita agora também que o conteúdo VR seja passado via EAD (Educação à Distância).

As aulas acontecem por videochamada e os professores ficam responsáveis pelo manuseio da ferramenta de VR. Por ela, os alunos podem ver cada parte do corpo e o sistema possibilita que eles vejam órgão a órgão também, podendo até pegar o coração com as próprias mãos. É possível aumentar em até 8X os órgãos, sistemas e tecidos.

A solução veio em boa hora. Segundo Daniela Mariano da Silva, que está no primeiro ano de biomedicina, ingressar na faculdade foi uma alegria seguida de um grande desespero causado pela quarentena. “Meu primeiro medo, quando adotamos o modo EAD, foi pensar em como seriam as aulas de anatomia. Como aprender sobre o corpo humano sem poder visualizá-lo? Minha ansiedade recuou quando tivemos uma aula com Realidade Virtual proporcionada pela MedRoom. Foi possível ver cada músculo do corpo, os ossos e entender onde ficavam de forma didática e eficaz. Tudo isso trouxe uma certa segurança nesse momento de tanta instabilidade”, relata a caloura.

A portaria 343 do Ministério da Educação garante que, durante o Coronavírus, as aulas à distância têm respaldo da lei federal para acontecer. Isso dá mais confiança aos professores para apostarem em plataformas digitais. Sempre atenta a estes profissionais, a edtech conversou com educadores para compreender a melhor forma de sua tecnologia ser aplicada ao estudo à distância neste momento.

“A MedRoom é uma ferramenta parceira do professor e, fazer com que eles tenham mais essa possibilidade, vai totalmente de acordo com nosso propósito de unir teoria e prática. É um momento difícil para todas as instituições e estamos prontos para agir conforme suas necessidades”, explicou o CEO da startup, Vinícius Gusmão. Ele ainda adianta que a startup segue com o desenvolvimento de um aplicativo mobile e desktop que vai permitir que os alunos não só assistam, mas também interajam e recebam as aulas do professor em casa.

Hoje a edtech está em faculdades como Medicina Albert Einstein, Faculdade Pernambucana de Saúde, Faminas e Unifaminas, duas instituições mexicanas e uma no Paraguai. A empresa também tem parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, para iniciativas de inovação em Realidade Virtual no treinamento dos profissionais de saúde da instituição. Além disso, trabalha juntamente com a indústria de Healthcare para aproximá-la dos médicos e facilitar a interação com pacientes por meio da tecnologia.

“Minha experiência com a MedRoom superou minhas expectativas para aulas EAD pois, com o uso da plataforma, foi possível visualizar melhor a matéria estudada, tornando as aulas muito mais práticas e dinâmicas”, conclui a estudante de biomedicina Juliana Valério.

Redação

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