Dispositivo ajuda a controlar nível de ruídos em hospitais e clínicas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o som não deve ultrapassar 55 dB para não causar prejuízos ao ser humano. Ao passar desse valor, alguns problemas podem ocorrer em curto prazo, enquanto outros levam anos para serem notados.

Em se tratando de instituições de saúde, essa preocupação precisa ser uma constante. Hospitais e clínicas necessitam estabelecer normas e ações para reduzir os ruídos oriundos do local ou das proximidades afins que possam interferir no descanso, no bem-estar e na saúde dos pacientes.

Jairo Luiz Giarola, diretor técnico

“O barulho é um fator extremamente desconfortável em um hospital, especialmente aos pacientes, que passam por um processo de tratamento e recuperação e precisam de tranquilidade para recuperar a saúde, conforme estudo realizado na EPM – Escola Paulista de Medicina, da Unifesp. O tratamento humanizado na instituição deve zelar pelo silêncio”, comenta o engenheiro Jairo Luiz Giarola, diretor técnico da Sensonore, que desenvolveu o IANR, um Indicador Autônomo de Níveis de Ruído.

Também para a equipe de profissionais, é de suma importância o silêncio, pois eles têm de estar atentos para ouvir os sinais e bips dos aparelhos e monitores.

Solução

O IANR, da Sensonore, é um dispositivo que tem como finalidade captar o ruído do ambiente e transformá-lo em emissão de luz. “Ele é um referencial permanente para as pessoas, pois proporciona a informação visual e sonora sobre a quantidade de ruído a que estão expostas, possibilitando a sua autorregulação para um nível mais apropriado, se for o caso”, conta Giarola.

O dispositivo utiliza três cores de leds (verde, amarelo e vermelho), que aparecem na palavra “silêncio”, escrita numa placa de acrílico, sempre destacando o nível acima do limite com a cor vermelha e a opção de um sinal sonoro conjugado. As cores são acionadas conforme a calibração do dispositivo em decibéis, segundo a curva “A” de ponderação. A calibração dos níveis de ruído limite é realizado pelo usuário em um painel apropriado no dispositivo.

Para comprovar sua eficácia, primeiramente foram realizados testes eletrônicos de concepção e comparação de padrões em decibéis. Vale lembrar que o sensor não tem a precisão de um decibelímetro e nem tem a finalidade de realizar a medição precisa do ruído.

De acordo com Giarola, a ideia de criação de um sensor veio de informar os cidadãos sobre o nível de barulho a que estão expostos em ambientes diversos e o seu potencial de agressão ao sistema auditivo.

“Somos engenheiros com atuação em empresas na área de segurança do trabalho e prevenção de acidentes. Percebemos que dentro das empresas existem programas de proteção auditiva, distribuição de protetores auditivos e exames audiométricos para acompanhamento médico”, explica o diretor técnico da Sensonore.

Os primeiros interessados na solução foram universidades que já tinham um programa de silêncio em suas bibliotecas. O sensor foi mais um acessório para essas campanhas. Os hospitais vieram em seguida e, depois, escritórios, call centers e consultórios diversos.

O modelo atual é uma evolução de quatro versões anteriores, nas quais as necessidades dos usuários foram sendo introduzidas. O sensor já faz parte de vários hospitais, como: Felício Rocho e Mater Dei, ambos de Minas Gerais; Rede D´Or São Luiz e Unimed Rio, do Rio de Janeiro; e Unimed Vitória, do Espírito Santo. Além disso, está presente no Centro Auditivo Audiofran, em São Paulo.

Tel: (11) 4607-9460

Site: www.sensonore.com.br

Redação

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