A nova realidade das mães na enfermagem

Pamela Zignani Godiano, 31 anos, cinco anos como enfermeira da UTI Neonatal

A rotina dos enfermeiros mudou muito no último ano. A pandemia trouxe uma nova realidade e junto uma preocupação enorme aos profissionais. Para as enfermeiras e mães, a preocupação é ainda maior. Em homenagem ao Dia das Mães e ao Dia Internacional da Enfermagem (12 de maio), o Hospital Universitário de Jundiaí (SP) fez uma justa homenagem para as mamães enfermeiras. Confira histórias de algumas mulheres da instituição, que representam todas as que dedicam suas vidas a cuidar do próximo, mas que em suas casas, dedicam seu tempo para uma das profissões mais lindas e cheias de amor – ser mãe.

Enfermeira do PSI, Anita Barbosa Ferraz de Moraes, 43 anos, destes vinte na enfermagem, teve contato com a profissão quando era criança. Diabética, ela teve várias passagens pelo hospital desde cedo e isso fez com que ela se interessasse pela área. Com 36 anos, Anita foi mãe pela segunda vez e quando sua filha tinha seis anos foi diagnosticada com diabetes. “Quando descobri, o meu lado enfermeira sumiu, e como mãe fiquei desesperada. Na mesma época que fiquei sabendo da doença dela, atendi muitas crianças com a mesma patologia. Isso mexeu demais comigo”. Com o Covid e a doença de sua filha a rotina teve que mudar muito e hoje ela se reveza com o marido dia e noite em seus cuidados.

Ser mãe e cuidar de crianças no Pronto Socorro não é fácil como conta Anita. “Trato meus pacientes como se fossem minhas filhas. Quando ocorre uma perda chego em casa arrasada e aperto minhas meninas como se não houvesse o amanhã”.

Priscila Galvão, 36 anos e cinco de profissão começou sua vida profissional como estagiária no HU e hoje é enfermeira da pediatria. Mãe de um menino de três anos, fala que depois que se tornou mãe muita coisa mudou em sua profissão. “O cuidar da criança, principalmente quando lembro do meu filho é mais difícil. Fico pensando que poderia ser meu pequeno naquela situação. Quando ele fica doente é mais difícil ainda, pois tenho que deixá-lo com cuidadores e fico com a sensação de que cuido dos filhos dos outros e não cuido do meu próprio filho”. Ela comenta que é preciso saber lidar com a situação e que muitas vezes se esconde para chorar.

Pamela Zignani Godiano, 31 anos, cinco anos como enfermeira da UTI Neonatal, explica que cuidava e levava sempre sua avó ao hospital e se encantou pela enfermagem. Mãe de uma filha de três anos, conta que sua visão mudou muito após o nascimento dela. “Fico imaginando as mães que vão embora da UTI Neo sem seus filhos no colo. Quando o bebê tem alta, sentimos como se fosse alguém da nossa família. Agora, quando temos uma perda, vou embora para casa destruída e com dor no coração”. Pamela comenta que nessa época de pandemia dá vontade de ficar em casa cuidando da filha. “Precisamos ser fortes e lembrar que sempre tem mais gente precisando de nós”.

Cristiana Cicera Tenório, 40 anos, técnica em enfermagem há 18 anos e mãe de dois filhos, sempre se coloca no lugar dos outros. “Eu cuido com muito carinho e amor. Aqui é nossa 2ª casa, eles fazem parte da nossa família. O meu maior prazer é que eles saiam com saúde e com seus pais”. Como mãe, Cristiane conta que é gratificante trabalhar com recém-nascidos e ver a vitória dos pequenos.

Anita, Priscila, Pamela, Cristiane, Leilane, Ivanete, Cibele, Danielle, Leslie, entre outros, fazem parte dos 350 profissionais que trabalham no HU e cada um possui o perfil ideal para atuar em uma unidade de emergência que necessita de comprometimento com o paciente, capacitações específicas e engajamento com a equipe multiprofissional.

E pensando nestes profissionais que tanto fazem pelo HU, essa semana será especial com sorteios de prêmios, distribuição de brindes, cafés especiais e muitas homenagens.

Redação

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