Adiamento de consultas e atraso no diagnóstico reflete na saúde dos pacientes

Durante o período de isolamento, diversos procedimentos médicos e consultas foram cancelados com o intuito de proteger as pessoas da exposição ao Coronavírus. Além disso, de acordo com pesquisa feita pela Johnson & Johnson Medical Devices, em parceria com o Instituto Ipsos, 64% dos brasileiros declararam que adiaram e/ou cancelaram serviços de saúde, tais como tratamentos dentários ou oftalmológicos (40%), check up preventivos (22%) e cirurgias opcionais (21%). Essas ações, embora essenciais trouxeram uma preocupação à classe médica: os impactos que os adiamentos causariam na saúde do indivíduo em tratamento ou daqueles que necessitassem de atendimento imediato. Mesmo que alguns casos não sejam urgentes, o atraso no diagnóstico pode prejudicar as condições dos pacientes e comprometer a saúde e o tratamento dos que aguardam a normalização dos atendimentos presenciais.

A pesquisa, que traz a opinião da população de cinco países da América Latina sobre a saúde durante a pandemia mostra que 39% dos brasileiros acredita que sua saúde piorou, sendo que 25% acredita que piorou um pouco e 14% diz sentir que piorou muito. A pesquisa ainda apontou que o diagnóstico de novos casos de câncer caiu em 70% nos primeiros meses da pandemia. Em maior ou menor grau, as doenças cardiovasculares e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, também tiveram queda no número de novos diagnósticos e nas consultas de acompanhamento. Considerando as cirurgias, nos meses de março e abril, a queda no número de procedimentos foi de aproximadamente 70%, sendo que alguns foram interrompidos em 100%.

“O impacto do atraso no diagnóstico e no tratamento dos pacientes terá reflexos importantes no sistema de saúde. Quanto mais tarde diagnosticarmos uma doença, maior a probabilidade de o paciente ter uma doença grave e maior o risco de ele desenvolver complicações mais sérias. Em termos de investimento em saúde, um paciente com maior gravidade consome mais recursos humanos e insumos, tem um pior prognóstico e menor expectativa de vida. Usando um velho bordão, ‘é melhor prevenir do que remediar’. Infelizmente, os anos de 2021 e 2022 serão de remediações e não sabemos ao certo quando conseguiremos reorganizar o sistema”, afirma Dr. Dr. Gustavo Scapini, cirurgião geral e gerente médico da Johnson & Johnson Medical Devices.

A telemedicina e a comunicação médico-paciente como ferramentas

Embora a telemedicina não substitua o atendimento presencial, ela se mostra como uma alternativa para o momento de pandemia. Ainda de acordo com a pesquisa, no Brasil, 51% se dizem confortáveis usando o serviço e 8% muito confortáveis.

“O teleatendimento é uma ferramenta que evita o contato entre as pessoas, o deslocamento e as aglomerações, além de ajudar na triagem dos pacientes que serão destinados aos serviços mais indicados durante o período de retomada do atendimento presencial”, explica Scapini. De acordo com a pesquisa, os principais benefícios da telemedicina são:

  • Não ter de sentar em uma sala de espera com outras pessoas que podem estar doentes, com 49% das respostas;
  • Evitar o deslocamento para o local da consulta, com 42%;
  • Garantia que a consulta se inicia pontualmente, para 29% dos entrevistados.

Para 74% dos brasileiros, a comunicação com seu médico aumenta a confiança em fazer o agendamento de um procedimento. Ainda de acordo com a pesquisa, as informações que trariam mais segurança para os brasileiros retomarem seus cuidados com a saúde são:

  • Os protocolos específicos que o hospital ou centro de saúde adotou para Covid-19 (58%);
  • As mudanças estruturais feitas nos hospitais, como a criação de uma área livre de Covid (58%);
  • A preparação geral do hospital ou do centro de saúde (53%);
  • Os riscos relacionados ao Covid-19 associados ao procedimento que o paciente irá se submeter (49%).

Pensando nisso, a J&J Medical Devices criou a campanha “Minha Saúde Não Pode Esperar”, uma iniciativa que oferece recursos e materiais que podem contribuir para a retomada das consultas e tratamentos. A plataforma de conteúdo disponibiliza a pacientes e profissionais de saúde ferramentas para que possam permanecer conectados e priorizem os cuidados necessários, tais como uma lista de perguntas que guiarão o paciente durante a conversa com profissionais de saúde, detalhes sobre medidas tomadas por hospitais e centros cirúrgicos para ajudar a proteger os pacientes de Covid-19 e boas práticas de teleatendimento para ajudar os pacientes a entenderem o uso da telemedicina no dia a dia e nos pré e pós-operatórios.

“Sabemos que é fundamental manter uma comunicação direta para explicar aos pacientes, por exemplo, como deve ser o preparo para o retorno e quais as medidas de prevenção adotadas pela instituição para evitar os riscos de contaminação. O nosso objetivo é garantir que as pessoas tenham acesso às informações relevantes e que se sintam seguras em conversar com seus médicos para avaliar a retomada de seus cuidados habituais”, finaliza Dr. Gustavo Scapini.

Redação

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