Alta na expectativa de vida alerta para demanda por especialistas e políticas para população idosa

A expetativa de vida do brasileiro passou para 76 anos e 3 meses. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e se referem aos índices de 2018. Se comparados ao ano anterior, a expectativa aumentou em três meses. Ainda segundo dados do IBGE, no Brasil, existem cerca de 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e a estimativa é de que a população ultrapasse os 73 milhões idosos até 2060.

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) chama atenção para o trabalho dos profissionais especializados em envelhecimento, indicados para o cuidado e a atenção aos idosos. Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que há 1.817 geriatras registrados, a maior parte (60%) no Sudeste. Sendo que há um geriatra para cada 16.511 idosos, índice muito abaixo do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de um especialista para cada mil idosos. A tendência é que esta lacuna cresça nos próximos anos.

Presidente da Geriatria da SBGG, o Dr. Carlos A. Uehara explica que a Sociedade vem dando atenção especial para esse gargalo no número de especialistas em envelhecimento e no cuidado à pessoa idosa, para que exista um interesse crescente pela área, investindo em eventos científicos e buscando o diálogo com Ligas Acadêmicas, jovens profissionais prestes a escolher uma especialização e até mesmo estudantes do Ensino Médio.

“Pelo fato de congregarmos profissionais que atuam com idosos, também participamos ativamente na construção de políticas públicas para esta parcela da população, tanto na área da saúde, quanto na área de cultura, lazer e assistência social”, explica o presidente da Geriatria da SBGG.

“As mudanças demográficas que aconteceram nas últimas décadas, especialmente a rapidez do envelhecimento populacional, impõem à sociedade medidas estratégicas para entender esse fenômeno. E são os especialistas que podem ajudar a compreender os cuidados necessários aos idosos, o envelhecimento ativo e saudável e outras questões relacionadas à velhice”, complementa a Dra. Vania Herédia, socióloga especialista em gerontologia e presidente da Gerontologia da SBGG.

Redação

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