Com apoio de faculdade de Campinas, Barco da Saúde realiza mais de 2 mil atendimentos médicos no Rio Tapajós

A equipe que integra a edição 2018 do projeto Barco da Saúde, com apoio da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas (SP), comemora mais uma missão cumprida com sucesso. Professores e alunos de Odontologia e Medicina levaram atendimento básico para 2.258 pessoas das comunidades ribeirinhas de Santarém (PA), que habitam as margens dos rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas. A expedição, realizada de 22 a 31 de julho, também contou com o apoio da Universidade Federal do Oeste do Pará e da Prefeitura de Santarém.

“Participar de um projeto como este é um privilégio. Poder levar atendimento médico para pessoas que realmente precisam traz para o médico um sentimento de gratidão indescritível. Como coordenadora, observar os alunos praticando a medicina de qualidade, humanizada, me traz um orgulho imenso e a convicção de que estamos formando médicos de verdade. Tenho certeza de que levarão para a vida tudo o que viram, sentiram e aprenderam. Vivemos uma experiência transformadora”, explica a Dra. Fabiana Succi, coordenadora do projeto e do curso de Medicina da SLMANDIC.

Com os mais de dois mil atendimentos desta edição, o resultado do projeto dobrou em relação ao ano passado, quando atendeu mais de mil pessoas em comunidades ribeirinhas do Amazonas. Isso também se refletiu na equipe, que foi integrada por quatro dentistas e médicos especialistas em clínica geral, oftalmologia, dermatologia, pediatria e ginecologia, além de equipe de enfermagem. Dezesseis alunos de Medicina e seis alunos de Odontologia também fizeram parte do grupo que prestou assistência à população que tem pouco (em alguns casos nenhum) acesso a esse tipo de recurso básico.

Para a Dra. Fabiana Mantovani Gomes França, Coordenadora do Curso de Odontologia da SLMANDIC, o alcance da educação em saúde bucal foi muito grande. Mais de 500 crianças receberam kits com escova e creme dental e foram instruídas quanto à prevenção da doença cárie e restaurações das cavidades de cárie já presentes foram realizadas preservando os dentes das crianças. Além disso, o atendimento dos adultos foi inovador, pacientes sem dentes foram atendidos e confeccionadas próteses totais (dentaduras) entregues no mesmo dia, o que é muito raro em ações humanitárias. Também foram realizadas consultas para remover a dor dos pacientes no consultório dentro do barco. “O projeto Barco da Saúde 2018 foi muito bem organizado com grande participação dos alunos e, por isso, integrou de forma brilhante o ensino superior da Odontologia ao atendimento de populações carentes. O resultado não poderia ter sido melhor”, disse ela.

A viabilização do Barco da Saúde só foi possível graças ao apoio e sensibilidade de todos que de alguma forma contribuíram com as arrecadações promovidas em prol do projeto. A Faculdade São Leopoldo Mandic doou R$ 30 mil reais; a farmacêutica EMS também apoiou o projeto com doações de seis mil caixas de medicamentos. As escovas dentais foram doadas pela Oral B e os materiais odontológicos por instituições. Uma parceria com a GOL Linhas Aéreas Inteligentes possibilitou o transporte, sem custos, de duas toneladas de equipamentos e suprimentos que fizeram parte do projeto. E a mobilização de alunos, professores e outros colaboradores do projeto reuniu ainda outros R$ 50 mil arrecadados por meio de patrocínios, rifas e ações beneficentes.

O barco-hospital Abaré, que navegou nove dias pelos rios do Pará, ofereceu estrutura de atendimento composta por quatro consultórios médicos e um odontológico, além de salas individuais para pequenos procedimentos, como o de coleta de exames, curativos, de observação e suporte básico de vida. Os demais atendimentos foram feitos em escolas e locais disponíveis nas comunidades. Esta foi a segunda vez que a Faculdade São Leopoldo Mandic realizou a expedição Barco da Saúde.

Atendimentos na expedição de 2018:

· 639 pessoas atendidas em odontologia

· 1619 pessoas atendidas em medicina

· Total: 2.258 pacientes atendidos

Redação

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