Entre a medicina e a arte: dermatologista encontra na arte válvula de escape para os momentos difíceis da profissão

Aos dez anos, Pedro Kubitschek começou a desenhar acompanhando o seu pai que pintava quadros com tinta à óleo. Não demorou muito a tomar gosto pela arte e pelo material utilizado. Em uma família repleta de artistas e com a inspiração dentro de casa, Pedro, hoje com 33 anos, viu a arte entrar e ficar em sua vida naturalmente.

“No início era uma brincadeira, mas fui desenvolvendo o meu estilo de desenho e criando, aos poucos. Eu retrato as coisas que gosto e vejo. Eu trabalho com círculos e essa foi uma inspiração que tive dos trabalhos da artista Ana Amélia Diniz, com quem trabalhei por três anos”, relata.

Outras fontes de inspiração estão em suas formações. Pedro cursou Design Gráfico e Medicina, concomitantemente, e se formou em ambas no ano de 2012. Apesar de serem áreas distintas, a arte e a dermatologia são as suas grandes paixões e, para ele, elas se completam. “Houve um momento que tive um conflito entre arte e medicina, mas como amo as duas eu busquei me dedicar a ambas. Soube conciliar o meu tempo para fazer os dois. A carreira artística, no início, foi mais pelo lado do hobby e depois aprimorei e desenvolvi cada vez mais. A medicina é muito ampla e optei pela dermatologia que, assim como a arte, também é estética. Muitas vezes, as duas carreiras se misturam, pois, vejo algo em meu consultório que acaba me inspirando em criar um quadro. Como trato muitos pacientes com câncer de pele, depois de momentos delicados com eles, a arte acaba se transformando em um momento de escape e reflexão para mim. Às vezes, ao fazer um desenho, eu lembro de chegar em um diagnóstico para os meus pacientes. É bem pessoal essa questão de trabalharas duas coisas juntas, mas elas se conciliam e vem dando certo”, afirma.

Além de sua experiência junto à pintora mineira Ana Amélia Diniz Camargos, Pedro Kubitschek também se especializou com a artista plástica Solange Botelho, na Escola Guignard e fez duas ilustrações para livros: “Destrinchando – Guerreiro do Asfalto”, de Lucas Machado, em 2013 e “Uniformes”, de Juliano Azevedo, em 2017.

Apesar de seu conhecimento em diversas técnicas artísticas, Pedro Kubitschek tem como principais técnicas a base de tinta a óleo em papel ou tela e aquarela em papel, pois o seu brilho e texturas especiais trazem vivacidade e elevam à percepção da arte.

Redação

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