Software possibilita mais transparência, clareza e segurança na relação médico-paciente

Quando uma pessoa marca uma consulta com um médico, em especial aqueles ligados à área estética, como dermatologista e cirurgião plástico, leva uma grande expectativa em relação ao que espera após os procedimentos. Entretanto, muitas vezes esse anseio vai além do que é possível, do que é seguro e do que é viável ser feito. E todos esses detalhes podem ficar perdidos na comunicação entre o especialista e seu paciente, inclusive na assinatura do contrato de prestação de serviços que é obrigatória, mas nem sempre é feita de maneira personalizada e bem clara.

Essa dificuldade de comunicação provoca resultados preocupantes. Cerca de 47% dos cirurgiões plásticos respondem a algum processo judicial. Vale lembrar que o Brasil é o país onde mais se realiza esse tipo de operação no mundo. Só no ano passado foram mais de um milhão e meio. Além disso, do bloco de casos analisados pela equipe que criou o Simple Sign, o software em questão, apenas 8,7% das condenações contra cirurgiões plásticos ocorreram por erro médico. Em outras palavras, 91,3% delas poderiam ter sido evitadas com estruturas contratuais bem elaboradas.

Com base em todos esses dados, veio a ideia de criar uma plataforma que permite que o médico formule o contrato de prestação de serviços de maneira muito mais clara e de acordo com o perfil do seu paciente e ofereça todo o suporte ao médico. “Constatamos que 65% deles, em média, não explicava exatamente o que podia acontecer e 26% perdia ações por causa disso”, conta o advogado Humberto Cordella, um dos fundadores da empresa e responsável pelo desenvolvimento da tecnologia. E é exatamente nesse quesito que o sistema foi pensado. “O profissional pode adicionar a informação de que o indivíduo atendido tem tendência a ter queloide ou não será possível retirar a quantidade almejada de gordura, por exemplo”, conta Felipe Chiarello, professor titular da faculdade de direito e pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, que também é um dos fundadores da plataforma.

E ela já é um sucesso! Em seis anos de existência são centenas de cirurgiões plásticos cadastrados e o sistema já gerou mais de 20 mil contratos que foram assinados eletronicamente, o que permite ao paciente ter tempo para avaliar o que foi acordado durante as consultas, compartilhar com advogados que possam lhe assessorar juridicamente e só assim tomar a decisão plena e consciente de seguir com o procedimento, sem o risco de falsas expectativas ou problemas de comunicação.

Redação

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