Telemedicina revoluciona atendimento em aldeias do Médio Xingu

Ampliar e agilizar o atendimento médico em áreas de difícil acesso. Este é o objetivo de um projeto de Telemedicina que atenderá mais de 2,4 mil indígenas que vivem em 31 aldeias do Médio Xingu. O serviço será disponibilizado pela Norte Energia, empresa privada, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Altamira, já foram instalados equipamentos em cinco aldeias, sendo quatro delas na Volta Grande do Xingu. Os equipamentos serão instalados em mais 26 unidades de saúde construídas pela Norte Energia nas comunidades indígenas localizadas na área de influência da Usina Belo Monte. A previsão é que o serviço esteja em pleno funcionamento até o final de outubro.

São computadores, câmeras de videoconferência, aparelhos de saúde para aferição de sinais vitais, glicemia e saturação e internet com conectividade via satélite. Os profissionais responsáveis pela saúde indígena, coordenados pelo DSEI local, serão capacitados a operar a nova plataforma. “Essa iniciativa contribuirá para a diminuição do tempo de espera dos pacientes e dará mais condições para que os profissionais de saúde indígena exerçam seu trabalho”, destaca a gerente responsável pelas ações socioambientais da Norte Energia junto aos povos indígenas, Nina Fassarella.

O tempo de espera para atendimento na plataforma será em torno de 10 a 15 minutos. A estimativa é que sejam atendidas 200 pessoas por mês em cada uma das 31 unidades. O sistema será conectado à Internet através do Conecta Xingu, programa que leva acesso à rede para comunidades e aldeias na área de influência de Belo Monte. A consulta será realizada primeiramente por um médico clínico geral. Havendo necessidade, o (a) paciente será atendido (a) por especialistas em Infectologia, Neurologia, Ortopedia, Pediatria, Pneumologia, Cardiologia, Endocrinologia, Dermatologia e Hematologia.

Entre a instalação e manutenção dos equipamentos e a contratação da plataforma de telemedicina, a Norte Energia investiu R$ 1,7 milhão para o desenvolvimento do trabalho por um ano. Para João Caramuru, coordenador do DSEI Altamira, o projeto de telemedicina revolucionará a atenção aos indígenas do Médio Xingu. “Dada a complexidade da logística nesta região amazônica, que possui um dos maiores municípios do mundo, os equipamentos vêm somar e muito no tratamento, prevenção e recuperação dos aldeados enfermos, com nossos profissionais atendendo à distância, estejam onde estiverem”, destacou o gestor.

Redação

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