Levantamento do Hospital Samaritano traça perfil do câncer de pele nos últimos 4 anos

O mês de dezembro anuncia a chegada do verão e de uma importante data do calendário da saúde, o Dezembro Laranja, que é dedicado a prevenção do câncer da pele, tipo de neoplasia maligna mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano (aproximadamente 30% dos diagnósticos de tumores malignos no país), segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Apesar da alta incidência, quando diagnosticado precocemente, tem ótimo prognóstico, com cura em mais de 90% dos casos.

Nos últimos quatro anos, o Hospital Samaritano Higienópolis, de São Paulo (SP), registrou 989 casos de internação por câncer da pele, com predominância do tipo não melanoma. Os idosos lideram o levantamento somando 60%. Pacientes entre 60 e 69 anos representam (23%); 70 a 79 anos (19%); e acima de 80 anos (18%); além do grupo com 50 a 59 (19%); 40 a 49 (13%); e menos de 40 anos (9%), completam o restante dos casos analisados.

O câncer da pele não melanoma (CPNM) tem menor mortalidade e é responsável por grande parte dos casos da doença (neoplasia cutânea), se apresentando com lesões de difícil cicatrização em áreas do corpo mais expostas, sobretudo em idosos. O câncer da pele melanoma, que representa apenas 3% das neoplasias malignas da pele, é o mais grave devido ao alto potencial de provocar metástase (a disseminação para outros órgãos), e tem como manifestação clínica a mancha marrom, por vezes semelhantes a uma pinta, podendo atingir qualquer área da pele ou mucosas.

“Nos casos iniciais, a cirurgia é o tratamento mais indicado, mas radioterapia e quimioterapia também podem ser necessárias dependendo do estágio de evolução da doença”, diz o Dr. José Jabur, cirurgião dermatológico e chefe de equipe do hospital Samaritano Higienópolis.

O objetivo do Dezembro Laranja é conscientizar a população sobre a doença e seus fatores de risco, como exposição solar acumulativa, histórico familiar, pele clara, queimaduras solares intermitentes, idade, entre outros. “É importante que os pacientes sejam avaliados anualmente pelo dermatologista, visto que a doença tem diagnóstico clínico com auxílio da dermatoscopia”, enfatiza Dr. Marcos Moura Campos, dermatologista do hospital Samaritano Higienópolis.

Nos últimos quatro anos, o Hospital Samaritano registrou 989 casos de internação por câncer da pele, com predominância do tipo não melanoma, representado na maioria das vezes pelo carcinoma basocelular ou pelo carcinoma espinocelular.

Houve maior acometimento em idosos, com pico de incidência entre 60 e 70 anos, sem predileção significativa por gênero.

Gráficos com gênero, tipo de câncer e idade

Devido à alta incidência e à importância do diagnóstico precoce é necessário ficar atento a mudanças de pintas antigas e ao surgimento de novas lesões de pele, sobretudo após os 35 anos de idade. Nesses casos, deve-se procurar um dermatologista para avaliação adequada. Além disso é muito importante lembrar do uso do protetor solar, assim como medidas de fotoproteção física como bonés e roupas com proteção UV e a não exposição ao sol nos horários de pico de radiação UV, como das 10h às 16h. Fique atento aos sinais de alerta e aos fatores de risco.

Fatores de risco: Exposição ao sol, histórico familiar, pele clara, queimaduras solares, idade, uso de imunossupressores, câncer de pele prévio.

Sinais de alerta: Assimetria, bordas irregulares, múltiplas cores, diâmetro maior que 6mm, crescimento ou mudança de lesões antigas, feridas que não cicatrizam após semanas.

Redação

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